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Agentes da Força Nacional protestam contra alojamentos no Rio-2016

Integrantes das forças de segurança cogitam abandonar os trabalhos

Por Fabio Grellet
Atualização:

Dezenas de integrantes da Força Nacional de Segurança fizeram um protesto na tarde desta quarta-feira, no Anil, bairro da região de Jacarepaguá (zona oeste do Rio), ao redor do condomínio do programa Minha Casa Minha Vida onde se hospedam. No Rio, para trabalhar na Olimpíada, eles reclamam das condições de alojamento e trabalho.

Um dos agentes postou nas redes sociais texto em que denuncia o "abuso" a que diz estar sendo submetido e afirma que mais da metade do efetivo cogita abandonar o trabalho. "Estamos dormindo em colchão de ar, que tivemos que comprar, pois não nos forneceram beliches nem colchões."

Agentes da Força Nacional reclamam das condições de alojamentos Foto: Repdrodução/Facebook

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Ele conta que os agentes ocupam "uns apartamentos, no meio de uma favela", onde "nos falta água para tomar banho, onde não podemos ter fogão para fazer comida, temos que ficar fazendo engenhocas para comer! Temos apenas uma farda e não podemos nem ter um varal (...) Sem contar que as diárias prometidas não estão sendo pagas", afirmou.

"Estamos trabalhando mais de 60 horas semanais, numa escala de 12 por 24", acrescentou. Mas "essas 24 horas de folga se tornam 16, pois temos que estar prontos duas horas antes do início do serviço e quando largamos o serviço levamos quase duas horas para chegar ao local de descanso. (...) Sem contar o serviço de 12 horas que é em pé, com um fuzil na mão, onde não podemos nem descansar! Temos tempo contado para comer, e, se quisermos por acaso tirar um cochilo, esse cochilo é no chão duro!".

"Nessas condições ficaremos doentes e não conseguiremos prestar um serviço de excelência", continua o agente. "Estamos sendo cobrados ao extremo, e o nosso comando nos ameaça, pois perdeu o controle da sua tropa! Tropa que está adoecendo e pedindo socorro."

Agentes da Força Nacional fazem protesto no Rio de Janeiro Foto: Reprodução/Facebook

Vídeos do protesto foram divulgados pelas redes sociais. O grupo circulou pelas ruas vizinhas ao condomínio com faixas e cartazes em que reclamam das condições a que estão submetidos.

Em 4 de julho, um dia antes de a Força Nacional assumir oficialmente a segurança interna das instalações olímpicas, o carro com uma equipe foi alvo de tiros na Avenida Brasil, zona norte. Ninguém se feriu.

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