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Alemanha rejeita boicote à Olimpíada de Pequim

Por ERIK KIRSCHBAUM
Atualização:

O Comitê Olímpico da Alemanha (Dosb, na sigla em alemão) anunciou na segunda-feira que decidiu não boicotar a Olimpíada de Pequim, mas manifestou preocupação com a violência no Tibet e em regiões vizinhas. O presidente do Dosb, Thomas Bach, disse em nota que seu comitê executivo pesou os prós e contras de um boicote, que foi proposto por alguns políticos, e decidiu contra tal medida. "Após cuidadosa consideração de todos os argumentos, o Dosb vai enviar uma equipe à Olimpíada de 2008", disse o comitê, acrescentando que uma resolução desse sentido foi aprovada por várias organizações esportivas do país. "O esporte não é uma ferramenta adequada para aplicar pressão política. O esporte não está em condições de resolver problemas que nem a ONU nem governos individuais foram capazes de resolver, apesar de décadas de esforços", acrescentou a nota. Na opinião do comitê, boicotes não funcionam. "Isso já foi confirmado por toda a experiência passada." "Acreditamos que o esporte está aí para promover o diálogo e a compreensão internacional. O esporte constrói pontes, não muros." A nota assinada por Bach diz que "o boicote olímpico de 1980 em Moscou não teve nenhum impacto positivo na questão da invasão militar da União Soviética no Afeganistão". Há muitas críticas internacionais à repressão às manifestações deste mês no Tibet, região governada desde 1950 pelos chineses.

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