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Altobeli diz que não quer 'ser mais um' nos Jogos Olímpicos

Corredor trocou os 5 mil pelos 3 mil metros com obstáculos

Por Nathalia Garcia
Atualização:

Altobeli Silva recolocou o Brasil nos 3 mil metros com obstáculos nos Jogos Olímpicos depois de 20 anos. A última vez que o País teve um representante olímpico na prova foi em Atlanta-1996, com Clodoaldo do Carmo. E ele promete esforços para a história não terminar tão cedo. "Gostaria de chegar na Olimpíada não para ser mais um, mas para fazer a diferença", afirma.

Corredor dos 5000 metros, o atleta arriscou ao trocar de prova na reta final do ciclo olímpico e obteve sucesso ao conseguir o índice na segunda tentativa. "O que me levou para esta prova foi a possibilidade de estar nos Jogos Olímpicos. Vi que nos 5000 m dificilmente conseguiria fazer a marca correndo sozinho no Brasil. Arrisquei e vi que tinha capacidade de fazer."

Altobeli trocou de prova e agora disputa os 3 mil metros Foto: Divulgação

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O sonho agora é estar entre os finalistas olímpicos. Para ele, o calor do Rio de Janeiro pode frear o ritmo dos 3 mil metros com obstáculos e aumentar as suas chances. "A probabilidade de estar quente é grande, isso significa que a prova vai ser lenta. Sendo lenta, tenho condições de tentar classificar. Acredito que consiga a final olímpica, só vai depender das minhas forças."

Mas Altobeli reconhece que a inexperiência pode prejudicá-lo e admite que ele ainda está longe dos favoritos. Após o Troféu Brasil de Atletismo, em São Bernardo do Campo, nesta semana, a meta é fazer um intercâmbio na Europa. "Se eu não competir lá fora, vou chegar cru na Olimpíada. Se chegar cru na Olimpíada, não tem muito o que fazer", sentencia.

O corredor de Catanduva (SP) valoriza a nova parceira com o treinador Claudinei Vaz e diz que o trabalho tem sido importante para que ele não desanime com as dificuldades do caminho. Por outro lado, Altobeli lamenta a ausência de uma comissão técnica em sua preparação olímpica. "Precisaria melhorar minha estrutura com fisioterapeuta, médico e fisiologista", diz.

E critica a falta de apoio em sua carreira. "A CBAt está me ajudando com R$ 3 mil. Se eu correr uma prova de fim de semana, eu ganho isso. Então, não estou recebendo praticamente nada do Brasil. Não estou com aquele ânimo todo de falar que vou defender o meu País, que sinto orgulho. Fico feliz só por mim, minha família e meus patrocinadores."

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