Aos prantos, brasileiras do vôlei reconhecem superioridade da China

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Por Antonio Pita e Ciro Campos
Atualização:

O Maracanãzinho teve reações de intensa emoção ao fim da derrota da seleção brasileira feminina de vôlei, por 3 sets 2, para a China, de virada, nesta terça-feira, pelos Jogos do Rio. O neto do técnico José Roberto Guimarães foi à quadra para ser consolado pelo avô, a torcida gritou "bicampeão" e as jogadoras, aos prantos, admitiram que a equipe asiática jogou melhor e mereceu passar à semifinal.

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O confronto pelas quartas de final eliminou o Brasil de forma surpreendente. A equipe tinha vencido os cinco jogos, sem perder um set sequer e ganhou o primeiro set com facilidade impressionante. "Elas foram melhores do que a gente. Lutamos até o final, todo mundo sai de cabeça erguida. A gente sabia que seria duro. A gente começou bem, até surpreendeu o primeiro set ser daquele jeito. Depois, elas entraram no jogo", lamentou Sheilla.

Muitas jogadoras deixaram a quadra rumo ao vestiário chorando, sem condições de dar entrevista. Uma das poucas a parar foi a levantadora Dani Lins, que em meio às lágrimas, afirmou estar surpresa com o quanto a China reagiu e tirou o Brasil do sonho do tricampeonato olímpico. "Pelo que vi, a China fez o melhor jogo de todo o campeonato. Elas resolveram jogar. Nosso saque não deu certo. Só tenho a agradecer o apoio da torcida", comentou.

Quem se manteve no ginásio citou nominalmente algumas jogadores para agradecer e gritou "bicampeão", em referência aos títulos olímpicos de 2008 e 2012, que credenciavam o Brasil como favorito para avançar e pegar a Holanda, na quinta-feira, por vaga na decisão. O neto do treinador também demonstrou muita emoção. O garoto entrou na quadra para chorar no colo do avô.

A remanescente dos dois títulos, Jaqueline, chorou durante a entrevista ao comentar o resultado. "Todo mundo estava acreditando que poderia passar por essa fase, mas não deu. Esse grupo foi incrível de trabalhar, foi especial. Independente da derrota, está todo mundo de parabéns. Eu podia ter dado mais. Infelizmente faz parte do esporte" comentou. "Dói, dói muito. O sentimento que tenho é de orgulho pela equipe. Lutamos até o final. Defendo uma por uma porque sei o quanto nos esforçamos", acrescentou Fabiana.

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