Após bronze, velejadoras brasileiras já falam em 2012

Fernanda e Isabel acreditam que podem ter um desempenho ainda melhor nos Jogos Olímpicos de Londres

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Por Agência Estado
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Fernanda Oliveira e Isabel Swan, que ganharam nesta segunda-feira a primeira medalha para a vela feminina brasileira na história olímpica, se animaram a ponto de já pensar em um novo ciclo de quatro anos. Após ganhar o bronze, elas falaram em uma felicidade enorme pela conquista e em tentar uma qualificação melhor na próxima, referindo-se aos Jogos de Londres, em 2012. Veja também:  Vela feminina do Brasil conquista 1.ª medalha na história  A campanha brasileira na Olimpíada de Pequim A gaúcha Fernanda Oliveira, de 27 anos, disse que viveu com Isabel, fluminense de Niterói, de 24 anos, dias duros no Centro Olímpico de Vela, na raia olímpica de Qingdao. "Foram vários treinos (as velejadoras chegaram na China dez dias antes do início da Olimpíada) e muita ansiedade nas regatas. Alguns dias foram difíceis, sem vento. Mas conforme a competição andou fomos ganhando confiança e hoje (segunda-feira) estávamos muito calmas. A felicidade por conseguir a medalha é enorme." Sobre a vitória na 'Medal Race' (regata da medalha, a última da competição e que vale mais pontos) nesta segunda, Fernanda disse que não importava o resultado, mas sim a briga pela medalha. "Quando eu vi que estava na frente da dupla israelense (para a qual poderia perder o bronze) nem me preocupei com as holandesas, de quem poderíamos tirar a prata. Na montagem de uma bóia ainda vi a bandeira do barco holandês, mas muito misturada às outras, não consegui identificar a posição." Fernanda também falou que ela Isabel ainda estão curtindo essa medalha. "Agora é sentar, com calma, e ver como vai ser o próximo ciclo olímpico". Isabel vai cuidar de sua vida, nos próximos meses, com o casamento já planejado para dezembro. As duas querem fazer "coisas de mulheres" após a Olimpíada, como ir ao salão de beleza. Fernanda competiu nos Jogos de Sydney/2000 com Maria Krahe, a Dijá (foi 19.°), e de Atenas/2004, com Adriana Kostiw (foi 17.ª). Na Grécia, tinha o barco mais velho dentre todas as competidoras. Teve melhores opções a partir de 2005, quando obteve patrocínio e formou a dupla com Isabel. Contratou o técnico Paulo Ribeiro, montou uma estrutura e foi buscar a classificação olímpica no Mundial de Cascais, em 2007, quando a dupla brasileira terminou em sétimo. Isabel é uma estreante em Jogos Olímpicos.

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