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Atletas podem ficar de fora dos Jogos por criticarem a China

Federação Olímpica Britânica diz que não tolerará protestos de atletas contra o governo chinês

Por Efe
Atualização:

Vários atletas britânicos correm o risco de não serem selecionados para os Jogos Olímpicos de Pequim após terem confessado seu pertencimento ao Team Darfur, uma ONG que critica o papel da China na crise política de Darfur (África), publica nesta terça-feira o The Times. Veja tambémAtor Jackie Chan vira garoto-propaganda dos Jogos de Pequim Richard Vaughan, o melhor jogador de badminton do país, e Shelley Rudman, medalha olímpica no skeleton, são membros da organização fundada pelo patinador americano Joey Cheek, que deseja pressionar a China a deixar de apoiar o regime de Cartum. Segundo o jornal, outros oito atletas britânicos pertencem ao Team Darfur. A organização, que tem cerca de 205 membros, pretende usar coletivas de imprensa e presenças no pódio durante os Jogos para condenar a conivência da China com o abuso dos direitos humanos que acontece no país africano. O compromisso político dos atletas deixa em perigo sua participação nos Jogos de Pequim, considerando que a Federação Olímpica Britânica (BOA) expressou sua intenção de restringir sua capacidade de se expressar. Assim, no último domingo a BOA causou polêmica ao afirmar que seria conveniente que os atletas assinassem uma cláusula em seus contratos por meio da qual ficassem proibidos de realizarem comentários com conotações políticas durante a realização dos Jogos. Na última segunda, a Federação afirmou que não pretendia "amordaçar" seus atletas nem privá-los de exercer sua liberdade de expressão, embora, aparentemente, tenha emitido uma recomendação. Em todo caso, Vaughan disse ao "The Times" que sua vinculação ao Team Darfur, que hoje organiza manifestações de protesto no mundo todo, pode significar se "despedir dos patrocinadores". O jogador de badminton reconhece que caso a BOA os obrigue a assinar uma cláusula de silêncio para participar dos Jogos, possivelmente façam isto, apesar, de até então, possam "dizer o que quiserem".

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