Vivendo nos Estados Unidos há mais de trinta anos, Joaquim Cruz voltou aos holofotes no País natal. Na noite de quinta-feira, o ex-meio-fundista e agora técnico apresentou ao público sua biografia, 'Matador de Dragões', escrita pelo jornalista Rafael de Marco. A obra, segundo o autor, poderá "reapresentar" Joaquim, campeão olímpico dos 800 metros em Los Angeles-1984, a seus compatriotas. E, para o próprio biografado, mostrar uma história de que alguém que, nascido na pobreza, prosperou e venceu.
A obra começou a ser gestada em 2000 e nasce agora, quase 15 anos depois. A ideia era lançar antes da Olimpíada de Atenas, em 2004. "Mas aí não deu. Veio 2008, e não deu, 2012 também. Depois disso falei: 'Rafael, agora tem que sair, vamos finalizar isso'", brincou, referindo-se à proximidade dos Jogos do Rio, no ano que vem. O ex-corredor conta que não permitiu que o autor gravasse as entrevistas feitas com ele. "Se ele ligasse o gravador, eu não ia conseguir falar direito. Ia ficar tímido. Então ele me ouvia, parecia um psicólogo."
A demora em concluir o livro, segundo De Marco, teve um lado bom: permitiu uma proximidade grande entre autor e biografado. "Eu entrei na cabeça dele como eu achava que deveria. É uma biografia autorizada, mas ele não se furtou de nada. Ele é muito verdadeiro, falou das dificuldades, dos erros que cometeu. A história dele é a história de um brasileiro lutador."