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Brasil atropela a Rússia, passa em 1º no vôlei feminino e vai enfrentar a China

Equipe venceu sem grandes dificuldades por 3 sets a 0

Por Antonio Pita , Ciro Campos e enviados especiais ao Rio
Atualização:

A seleção feminina de vôlei do Brasil a cada jogo está mais firme no caminho rumo ao tricampeonato olímpico no Rio. O degrau da vez foi neste domingo na partida contra o primeiro adversário de tradição. A Rússia e suas altas jogadoras, porém, pouco conseguiram fazer para conter uma equipe com tantas variações ofensivas e tamanha segurança. Em apenas 1 hora e 22 minutos, no ginásio do Maracanãzinho, a partida estava liquidada por 3 sets a 0 - parciais de 25/23, 25/21 e 25/21). O resultado faz o time da casa confirmar o primeiro lugar do grupo e ter a China nas quartas de final, nesta terça-feira.

Se as quatro partidas anteriores foram contra equipes fracas, o Brasil guardou para o primeiro teste real a melhor atuação. O time teve os melhores números em ataques e bloqueios, fora demonstrar uma segurança para variar o jogo e forte interação com a torcida. Se para alguns esportistas atuar em casa parece uma pressão extra, não parece ser o caso do vôlei feminino. A cada rali vencido, o ginásio do Maracanãzinho vibrava.

Brasil passa com facilidade pela Rússia e encara a China na próxima fase Foto: Reuters/ Yves Herman

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O encontro entre duas potências e candidatas à medalha acabou antecipado para a fase de grupos. Em vez de apenas estar em disputa o primeiro lugar do grupo, é possível um novo encontro em breve, ainda no Rio, com objetivos mais audaciosos. Afinal, entre Brasil e Rússia há muita história de partidas decisivas.

A mais impressionante delas foi na última Olimpíada, em Londres, há quatro anos. Pelas quartas de final, o Brasil chegou após uma primeira fase irregular, mas foi valente para salvar seis match points seguidos para levar a decisão ao tie-break, quando ganhou e rumou para o bicampeonato. A inacreditável virada aumentou a rivalidade entre as equipes e deixou as europeias com vontade de vingança.

O apetite em dar o troco diante da força das favoritas produziu um jogo bastante equilibrado. O Brasil tinha de se articular para barrar os ataques de Goncharova, a maior pontuadora adversária, e mudar o estilo de jogo para superar um time de média de altura maior (1,87 metros contra 1,83 metros). Em vez de força pelas laterais, a aposta foi em bolas colocadas de leve, nas "deixadinhas". A estratégia deu certo para fechar em 25 a 23 o equilibrado primeiro set. Depois, foi preciso mudar.

A levantadora Dani Lins distribuía o jogo com variações de lado e quase sempre a bola chegava para Sheilla ou Natália cortarem com força. Thaísa entrou na equipe para reforçar o bloqueio, setor que garantiu sete pontos. A sorte também ajudou. Um saque de Fabiana bateu na fita, passeou pela rede e caiu na quadra adversária. Com tantos fatores a favor, só podia dar nova vitória, dessa vez por 25 a 21. Perdida, a Rússia acumulou 10 erros nos dois primeiros sets e pediu três vezes o desafio das decisões da arbitragem. Em nenhuma delas a análise de vídeo confirmou a reclamação.

O Brasil guardou para o terceiro set as melhores jogadas. Jaqueline, uma das jogadoras mais festejadas pela torcida, entrou bem no jogo para comandar os ataques. O poderio até acomodou a equipe que após abrir 22 a 15, levou cinco pontos seguidos. A escolha do técnico José Roberto Guimarães foi pedir tempo, esfriar o jogo e colocar Sheilla para ajudar a fechar a partida, por 25 a 22. Ela, inclusive, foi o destaque, com 18 pontos.

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