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Brasil luta por mais vagas olímpicas no Mundial de Boxe

País estará representado por quatro pugilistas na competição que começa nesta segunda-feira em Doha, no Catar

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Por Paulo Favero
Atualização:

O Brasil inicia no Campeonato Mundial masculino de Boxe a luta para ampliar suas vagas nos Jogos Olímpicos do Rio. A competição começa amanhã em Doha, no Catar, com o sorteio das chaves, e o País terá quatro representantes, entre eles Robson Conceição, líder do ranking na categoria 60 kg. “Estou bastante confiante para essa disputa. Venho me preparando muito para o Mundial e tenho fé que correrá tudo bem”, avisa o lutador, que no torneio em 2013 ficou com a medalha de prata ao perder para o cubano Lázaro Alvares. “Meus principais adversários serão os lutadores de Cuba, Mongólia e Inglaterra, mas não posso descartar ninguém. Esse Mundial será bastante competitivo, talvez o mais forte dos últimos tempos. Sei que conseguir a vaga olímpica é uma missão muito complicada, mas não é impossível. Venho trabalhando forte para conseguir essa vaga e nas horas de dificuldade Deus estará comigo e me guiará pelo melhor caminho”, afirma Robson, que precisa ficar entre os três mais bem colocados para carimbar sua vaga.

Robson Conceição na disputa do Mundial em 2013 Foto: Nikita Bassov

Além dele, estão na delegação os pugilistas Robenilson de Jesus (56 kg), Juan Nogueira (91 kg) e Rafael Lima (acima de 91 kg). Eles fizeram a aclimatação na Alemanha e esperam colher os resultados no Catar. “Ficamos na cidade de Hennef desde o dia 20 de setembro, em treinamento com cinco seleções que também estarão no Mundial: Holanda, Inglaterra, Polônia, França e a própria Alemanha”, explica Robenilson, que também tem boas chances na competição. Por ser país-sede da Olimpíada, o Brasil já tem cinco vagas garantidas no masculino, entre dez categorias, e uma no feminino, entre três categorias. Caso não consiga ganhar as vagas no Mundial em Doha, a seleção ainda terá a chance no Pré-Olímpico continental na Argentina, em março, que terá também a participação das mulheres, e depois tem outra competição, em junho, no Casaquistão, com mais 30 vagas em jogo. “Nossa expectativa é conseguir as quatro classificações para a Olimpíada”, comenta Mauro Silva, presidente da Confederação Brasileira de Boxe. O dirigente coloca entre os principais adversários as grandes potências como Cuba, Rússia, Alemanha, Casaquistão, França, Itália, Irlanda, Azerbaijão, Estados Unidos e Inglaterra. “São uns dez países no bolo. Surpreendentemente, a China não está forte”, diz. “Acreditamos em medalha, porque o preparo está sendo bem feito e a equipe tem tudo para corresponder. Temos condições de fazer um bom papel.” Everton Lopes, Esquiva e Yamaguchi Falcão, eram cotados para medalha nos Jogos de 2016, mas optaram por lutar no boxe profissional. “Claro que eu queria que eles ainda estivessem com a gente, mas nossas chances permanecem as mesmas”, continua Mauro. Ele confia no quarteto que representa o Brasil e torce pelas vagas olímpicas. Para Robenilson, o objetivo será alcançado se depender dele. “Minha meta é sempre dar meu melhor em tudo que faço. Sei que os melhores estarão lá, mas estou muito confiante em conseguir minha vaga e a medalha nesse Mundial”, conclui.

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