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Cerimônia de abertura da Olimpíada: relembre momentos emocionantes de outras edições dos Jogos

Tóquio-2020 começa oficialmente nesta sexta-feira, às 8h, no horário de Brasília, com uma festa para poucos convidados e sem público no estádio

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Por Redação
Atualização:

Mesmo que o futebol brasileiro, feminino e masculino, já tenha estreado com goleada nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a cerimônia de abertura é um momento que todo mundo quer assistir. A abertura da Olimpíada será realizada às 8h (horário de Brasília) desta sexta-feira, dia 23, no Estádio Olímpico de Tóquio, palco das principais competições da disputa.

Um dos momentos de maior audiência de toda a edição, a abertura virou uma espécie de cartão-de-visitas do país-sede. Idealizada para apresentar a história, a cultura e o jeito de ser do anfitrião, as cerimônias oficiais vão além e tentam captar a alma de um país, o que ele considera importante e a mensagem que gostaria de mandar para milhões de espectadores. Mesmo com algumas regras a serem seguidas pelo protocolo do COI, algumas cerimônias de abertura foram especialmente marcantes ao longo da história olimpíca. O Estadão conta a história de algumas delas. 

Mesmo com baixo orçamento, abertura dos Jogos doRio 2016 foi bem avaliada pela imprensa internacional e pelas redes sociais Foto: Daniel Teixeira / Estadão

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Rio-2016

Cinco anos atrás, o Maracanã foi o palco da abertura dos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Com orçamento reduzido por conta da crise econômica, o evento buscou alternativas mais baratas, como milhares de painéis de LED. Desfilaram pelo gramado a diversidade cultural brasileira com história, poesia, funk, MPB e preocupação ambiental.

A história do Brasil foi contada com os índios, os portugueses, negros escravos, os imigrantes e a mestiçagem cultural do país. O cantor Paulinho da Viola entoou o Hino Nacional Brasileiro e a modelo Gisele Bündchen desfilou ao som de "Garota de Ipanema". Uma réplica do 14 Bis decolou do meio do Maracanã. A festa foi bonita, com forte apelo visual, foi muito elogiada nas redes sociais e também pela imprensa internacional.

Abertura dos Jogos do Rio 2016 teve música, preocupação ambiental ehistória Foto: Daniel Teixeira / Estadão

Pequim-2008

Os chinenes gastaram US$ 100 milhões na cerimônia mais cara até agora dos Jogos. Foi o momento de apresentação de uma nova China ao mundo. Mais de 14 mil pessoas participaram da festa, que misturou tecnologia de ponta e simbolismo cultural antigo. A cerimônia de Pequim-2008 começou às 8 horas da noite do dia 08/08/08. Tudo foi uma demonstração de grandeza, desde a contagem regressiva com fogos de artifício simulando pegadas de gigante até 2008 músicos tocando tambor. O ginasta Li Ning sobrevoou o estádio antes de acender a pira olímpica. Foi uma demonstração gigantesca de poderio e força, tradição e cultura de uma China que começava a falar alto no planeta.

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Chineses gastaram 100 milhões de dólares para fazer a abertura mais cara da história olímpica Foto: Jonne Roriz / Estadão

Sydney-2000

A partir dos anos 2000, as cerimônias passaram a tocar num ponto que se tornou uma grandes preocupações da humanidade: a sustentabilidade. A cidade de Sydney foi a primeira a levantar a bandeira e transformou os Jogos da Austrália nos Jogos Verdes da Autrália. A preocupação com a poluição dos oceanos refletiu a preocupação do próprio país. A Baía de Homebush, antes poluída pela ação das indústrias, passou por uma limpeza cuidadosa e recebeu o parque olímpico.

Pela primeira vez, uma mulher foi a porta-bandeira do Brasil: Sandra Pires, campeã olímpica do vôlei de praia em Atlanta-1996 ao lado de Jaqueline Silva. O mundo pôde conhecer melhor a história dos australianos. O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta quarta-feira, após aprovação de sua diretoria executiva, que a cidade australiana de Brisbane será a sede dos Jogos Olímpicos de 2032. Esta será a terceira vez que a Austrália vai receber uma edição das Olimpíadas, repetindo os anos de 1956 (Melbourne) e 2000 (Sydney).

Moscou-1980

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Os Jogos de Moscou-1980 viveram o maior boicote da história olímpico. Em protesto à invasão do Afeganistão pela então União Soviética, os Estados Unidos e mais 64 países se recusaram a participar. Em resposta, os soviéticos prepararam uma festa marcante. Foi a primeira grande cerimônia da história, inaugurando um formato de apresentação. O ursinho Mischa se tornou uma das mascotes mais simpáticas da história da Olimpíada.

Pela primeira vez, o mosaico humano, mostrando imagens na arquibancada, foi utilizado numa abertura de Jogos Olímpicos. Dois astronautas participaram ao vivo da festa. Cinco gigantes pirâmides humanas formaram os anéis olímpicos no gramado.

O urso Misha se tornou uma das mascotes mais simpáticas da história dos Jogos Olímpicos Foto: Arquivo AE

Atlanta-1996

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Os Jogos de Atlanta proporcionaram uma das cenas mais emociantes logo na abertura. O maior pugilista de todos, Muhammad Ali, medalha de ouro em Roma-1960 ainda como Cassius Clay, acendeu a pira. Não podia ter homenagem maior. Portador da Doença de Parkinson à epoca, o ex-atleta de 54 anos teve dificuldades para erguer a tocha com as mãos trêmulas para acender o fogo olímpico. Uma imagem marcante.

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Tóquio-1964

Os Jogos Olímpicos de 1964, os primeiros da Ásia, inauguram a transmissão para a Europa e América do Norte ao vivo e em via satélite. Foi aí que a cerimônia começou a ganhar o status de espetáculo. A TV começava a mostrar seu potencial no mundo todo. O responsável por acender a pira olímpica foi Yoshinori Sakai, que nasceu no dia do bombardeio a Hiroshima pelos Estados Unidos. Aviões formaram os anéis olímpicos no céu da capital japonesa. A primeira edição dos Jogos no Japão seguramente será uma referência para a cerimônia desta sexta. O Estadão relembrou a edição na reportagem especial "A Olimpíada que apresentou um novo Japão ao mundo". 

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