Publicidade

China está espiando hotéis de convidados, diz senador dos EUA

Sam Brownback acusa chineses de instalar equipamentos para monitorar as ações dos estrangeiros

PUBLICIDADE

Por RICHARD COWAN
Atualização:

A China instalou equipamentos de espionagem pela Internet em todos os principais hotéis que estão sendo utilizados para os Jogos Olímpicos de Pequim, afirmou um senador dos Estados Unidos nesta terça-feira. "O governo chinês instalou um sistema para espionar e colher informações sobre todos os convidados nos hotéis onde os visitantes olímpicos estão ficando", disse o senador Sam Brownback. O senador pelo Kansas, do partido Republicano, disse ter recebido documentos de hotéis e acrescentou que jornalistas, atletas, famílias e outras pessoas que vão acompanhar os Jogos de Pequim no mês que vem "estarão sujeitos a inteligência invasiva" da Agência de Segurança Pública da China. Ele disse que a agência estará monitorando as comunicações de Internet nos hotéis. Brownback havia feito uma acusação similar há alguns meses, mas disse que desde então os hotéis avançaram com informações detalhadas sobre o sistema de monitoramento que foi exigido por Pequim. O senador recusou-se a identificar os hotéis, mas disse que "diversas cadeias internacionais de hotéis confirmaram a existência desta ordem". A embaixada da China em Washington não estava disponível para comentar. Brownback, que foi pré-candidato à Presidência do país este ano, divulgou os documentos que ele disse terem sido repassados pelos hotéis sobre a segurança na Internet. A autenticidade dos documentos não pôde ser comprovada. Um documento dizia: "A fim de garantir a abertura tranquila da Olimpíada em Pequim e da Expo em Xangai em 2010... é necessário que sua companhia instale e utilize o sistema de segurança". O senador pediu que a China reveja suas políticas, mas disse que os hotéis estão alertando os hóspedes que "suas comunicações e serviços de Internet não são privativos" e que websites e emails estão sujeitos à lei local.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.