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Cinco motivos para eliminação do Brasil no Mundial de Handebol

Time de Morten Soubak cai diante da Romênia nas oitavas de final

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Por Redação
Atualização:

O sonho do bicampeonato acabou com a derrota do Brasil para a Romênia por 25 a 22 nas oitavas de final do Mundial de Handebol, neste domingo, em Kolding, na Dinamarca. Depois de avançar em primeiro lugar do Grupo C, a equipe de Morten Soubak enfrentou dificuldades no mata-mata e deu adeus à competição. Confira cinco motivos que justificam a eliminação da seleção brasileira: 

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1 - Mérito da Romênia

A goleira da Romênia foi merecidamente escolhida a melhor atleta da partida das oitavas de final. Paula Ungureanu brilhou em momentos decisivos, freando a reação do Brasil, defendeu três cobranças de sete metros no primeiro tempo e também foi precisa nas bolas de seis metros, quando as jogadoras ficam cara a cara com o gol. A marcação forte das romenas também foi preponderante para o resultado. Com muita determinação, as rivais neutralizaram as brasileiras com uma defesa fortíssima. Sobraram pancadas no rosto da central Ana Paula e da meia Deonise.

2 - Primeiro tempo abaixo da média

Assim como nos jogos da primeira fase, as brasileiras tiveram dificuldade na construção das jogadas e desperdiçaram alguns ataques importantes. O jogo ficou concentrado no meio da quadra e as pontas Fernanda (esquerda) e Alexandra (direita) foram pouco acionadas. Além disso, as comandadas por Morten Soubak cometeram falhas "bobas", como andadas e algumas punições desnecessárias. Essa oscilação custou caro para o Brasil, que foi para o intervalo perdendo por cinco gols de diferença (13 a 8). As brasileiras cresceram na segunda etapa e chegaram a encostar, mas não conseguiram buscar o resultado a tempo.

3 - Competitividade no Mundial

Com quatro vitórias e um empate, o Brasil garantiu a liderança do Grupo C com um resultado importante sobre a França e avançou invicto para as oitavas de final. Já a Romênia sofreu três derrotas na primeira fase - para a Espanha (18 a 26), a campeã olímpica Noruega (22 a 26) e a Rússia (27 a 30). Apesar desse panorama, o time do Leste Europeu conta com Cristina Neagu, melhor jogadora do mundo de 2010, e possui mais tradição no handebol que o Brasil. Para o título, a briga fica aberta entre Noruega, Rússia, Dinamarca, Montenegro, Espanha e França (que se enfrentam nesta segunda-feira).

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4 - Peças de reposição

A seleção brasileira feminina de handebol conta com um elenco de qualidade. A ponta Alexandra Nascimento foi eleita a melhor jogadora do mundo de 2012 e a meia Duda Amorim ficou com a honra em 2014. A central Ana Paula fez sua melhor participação com a camisa do Brasil nesta edição do Mundial, e a equipe também contou com o talento da meia Deonise e da ponta Fernanda. As reservas do Brasil, por sua vez, não conseguiram manter a mesma intensidade que as titulares. Exceto pelas goleiras Babi e Mayssa e pelas pivôs Dara e Dani Piedade, que estão no mesmo patamar. No jogo diante de uma inspirada Romênia, essa disparidade nas peças de reposição pesou na estratégia de Morten Soubak. Vale destacar o desempenho de Jéssica Quintino, que fez uma boa apresentação na Dinamarca.

5 - Dificuldade na preparação

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Apesar de as jogadoras brasileiras exibirem boas condições físicas no Mundial da Dinamarca, atletas importantes da equipe sofreram com lesões durante o ano de preparação. Duda se machucou em novembro de 2014 e foi submetida a uma cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior, que a deixou afastada da seleção brasileira até outubro. Dara, capitã da equipe, foi diagnosticada com uma trombose venosa na perna esquerda pouco antes da disputa dos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Contundidas, Mayara Moura e Deborah Hannah, que ajudaram na conquista do título em 2013, na Sérvia, não foram convocadas. Outro problema que afetou a seleção brasileira de handebol foi a precariedade do Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, no Torneio Quatro Nações. O último teste da equipe antes do Mundial foi prejudicado pelas goteiras em quadra.

 

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