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Ciclismo tem o primeiro caso de doping entre brasileiros na Rio-2016

Kleber Ramos disputou o ciclismo de estrada, mas não completou a prova

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Foto do author Marcio Dolzan
Por Marcio Dolzan , Jamil Chade e enviados especiais ao Rio
Atualização:

Kleber Ramos, do ciclismo de estrada, é o primeiro caso de doping de um brasileiro que participou dos Jogos Olímpicos de 2016. Ele foi pego em um teste realizado pela Agência Mundial Antidoping, no dia 31 de julho. Ramos competiu na Olimpíada. Mas não terminou sua prova. 

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O Comitê Olímpico Brasileiro foi notificado e ainda aguarda uma definição final do Tribunal Arbitral dos Esportes para se pronunciar. O ciclista teria ingerido a substância conhecida como CERA, um agente estimulante. 

Ele foi um dos 19 ciclistas que a União Internacional de Ciclismo acabou identificando como tendo ingerido substâncias ilegais. Além de Kleber Ramos, outros dois brasileiros fazem parte do grupo: Raphael Mesquita Mendes e Josemberg Montoya Nunes Pinho, que foram suspensos de competições. Eles, porém, não estiveram no Rio de Janeiro.

Kleber Ramos é o primeiro brasileiro flagrado no doping Foto: Reprodução

Nos últimos anos, o ciclismo brasileiro tem acumulado casos de doping. Em julho, o campeão nacional Everson de Assis foi pego com 15 substâncias proibidas.  No caso de Kleber Ramos, ele já deixou a Vila dos Atletas e aguarda uma definição final de seu processo. Ele tentará reduzir o período de suspensão para poder continuar a competir. O Estado apurou que o primeiro doping brasileiro foi recebido com preocupação por parte da Agência Mundial Anti-doping (WADA). A entidade vinha alertando sua insatisfação com os controles brasleiros e indicou que o País passaria a ser monitorado diante das falhas apresentadas. Entre os dias 1 e 24 de julho, nenhum teste foi realizado com atletas brasileiros. Assim que os testes passaram a ser internacionais, controlados pela WADA, o caso de Ramos logo apareceu.   A WADA havia criticado o Brasil por conta da redução no número de testes de controle de doping realizados em atletas nacionais, antes dos Jogos Olímpicos.  Depois de realizar em média 370 testes por mês em atletas, o número caiu para apenas 110 em julho, às vésperas dos Jogos. Uma carta foi enviada pela WADA ao Ministério do Esporte no final de julho para se queixar. Agora, a entidade alerta terá de passar a controlar de forma intensa o laboratório do Rio de Janeiro e a política nacional de combate ao doping.  “Isso é uma prática inaceitávelda parte da Agência Nacional Anti-doping, em especial em um momento tão crucial antes dos Jogos Olímpicos”, indicou a WADA, em um comunicado. “Não podemos dar números exatos sobre o que deve ser feito, mas esses números (de 110 testes) não estão em linha com um programa eficiente”, alertou. “Um programa de testes coordenados deveria ter sido estabelecido no caminho final para os Jogos Olímpicos, em especial focando no que a agência classifica como esportes de “alto risco”, alertou a WADA. Segundo a agência, o assunto foi transferido para a força-tarefa estabelecida antes das Olimpíadas e “também para nosso comitê de avaliação do cumprimento das leis antidoping”.“O programa brasileiro anti-doping estará sob um escrutínio ainda mais intenso e monitoramento a partir de agora”, alertou a WADA. 

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