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COI anuncia planos de mudar eleições para definir sede das Olimpíadas

Uma das possibilidades é sediar o evento olímpico, de inverno ou de verão, em mais de uma cidade e até em mais de um país

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Por Redação
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Em reunião realizada nesta quarta-feira, em Lausanne, na Suíça, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou planos para mudar a forma como são escolhidas as sedes dos Jogos Olímpicos. A entidade pretende renovar o formato atual, que vem gerando, na sua avaliação, dificuldades e uma imagem negativa diante dos países.

Uma das possibilidades é sediar o evento olímpico, de inverno ou de verão, em mais de uma cidade e até em mais de um país ao mesmo tempo. A entidade vai abrir também a possibilidade de convidar de forma direta cidades com potencial de receber os Jogos, com chances até de não haver concorrência.

134ª reunião do Comitê Olímpico Internacional em Lausane, na Suíça Foto: Jean-Christophe Bott/EFE

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Em outra decisão, o COI vai exigir que eventuais candidatos realizem referendos internos em seus países antes de apresentarem suas candidaturas para receber a Olimpíada. Nos últimos anos, diversas cidades precisaram deixar a disputa de última hora após rejeição das propostas nas urnas, em votação popular.

Estes referendos, realizados após a apresentação das candidaturas, trouxeram diversos problemas para o COI. O primeiro foi a imagem negativa gerada internamente nos países. O segundo foram as mudanças de última hora nas disputas, o que chegou a exigir a busca por novos candidatos.

Isso aconteceu nos últimos anos, em candidaturas apresentadas por cidades na Suíça, Alemanha, Áustria e Canadá. "Nós não podemos seguir sofrendo estes danos, como vem acontecendo", afirmou o australiano John Coates, um dos vice-presidentes do COI.

As mudanças já começaram a ser aplicadas na entidade. E o primeiro exemplo foi a escolha conjunta das cidades italianas de Milão e Cortina d'Ampezzo para receber os Jogos Olímpicos de Inverno de 2026. A eleição foi realizada na segunda-feira.

Para as futuras escolhas, o COI pretende realizar eleições mais flexíveis. E também vai exigir que os candidatos utilizem mais estruturas esportivas já existentes, de forma a evitar a construção de novos e caros equipamentos, o que vem contribuindo também para a imagem negativa da entidade nos últimos anos.

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A rejeição, por meio de referendos e críticas públicas de políticos e autoridades, vem fazendo o COI repensar os custos envolvidos no projeto de receber uma edição da Olimpíada. O exemplo recente mais negativo foi os Jogos do Rio-2016, que exigiu a construção e reforma de diversas estruturas, entre ginásios e estádios, causando antipatia por parte da população.

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