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COI garante a atletas que Olimpíada vai superar 'crise'

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Por NICK MULVENNEY
Atualização:

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, disse nesta quinta-feira que a Olimpíada de Pequim vai se recuperar da "crise" provocada pelos protestos contra a China durante o revezamento mundial da tocha olímpica e pediu aos atletas que não percam a fé no movimento. Falando durante a abertura da reunião do conselho executivo do COI, Rogge disse que os atletas do mundo todo estão "confusos" com os protestos de ativistas pró-Tibet e outros durante a passagem da tocha olímpica pela Europa e os Estados Unidos. "Voltem para seus países e digam a seus atletas, tranquilizem-nos de que, a despeito do que eles tenham visto e ouvido, os Jogos serão muito bem organizados", disse Rogge a líderes dos 205 comitês olímpicos nacionais. "Vai ser os Jogos deles e eles vão aproveitar. Digam-lhes para que não percam a fé no movimento olímpico. Digam-lhes que vamos nos recuperar desta crise. Digam-lhes que eles vão dar um exemplo e que o mundo estará assistindo." De acordo com ele, a passagem da tocha por San Francisco, na quarta-feira, ainda não esteve ideal, mas foi melhor do que as conturbadas etapas de Londres e Paris. "Ficamos entristecidos pelo que vimos em Londres e Paris. Ficamos tristes pelos atletas e pelos carregadores da tocha. Ficamos tristes pelas crianças que viram seus heróis e modelos sendo vaiados", afirmou Rogge. "Felizmente, a situação foi muito melhor ontem em San Francisco. Não foi, porém, a festa alegre que desejávamos que fosse," afirmou. A platéia que esperava ver a tocha na cidade da Califórnia, única etapa do revezamento nos EUA, ficou frustrada e perplexa com a mudança de última hora no trajeto, para burlar os manifestantes. Houve protestos contra a China na cerimônia de acendimento da tocha em Olímpia, na Grécia, e posteriormente em Londres. Em Paris, na segunda-feira, seguranças tiveram de apagar a tocha e levá-la de ônibus em vários momentos devido aos protestos contra a repressão chinesa às manifestações de março no Tibet e em províncias vizinhas.

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