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COI não se arrepende da escolha de Pequim, diz Rogge

Presidente da entidade conta que não pode resolver os problemas políticos da China com o esporte

Por Martyn Herman e da Reuters
Atualização:

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, disse que não se arrepende da escolha de Pequim como sede da Olimpíada de 2008, apesar das críticas de ativistas de direitos humanos.   Rogge disse respeitar grupos que tratam de assuntos como a guerra de Darfur, onde estima-se que morreram 200.000 pessoas nos últimos anos, ou a repressão em Mianmar, mas que o COI não tem culpa de nada disso.   "Respeito [as ONGs de direitos humanos] pelo que estão fazendo. É absolutamente legítimo que eles aproveitem ao máximo a Olimpíada", disse Rogge à BBC Sport.   "Mas eles estão cometendo um erro ao criticar o COI por não resolver os problemas. Por que deveríamos conseguir o que gerações de chefes de Estado e governo que vieram a Pequim não conseguiram? Somos uma organização esportiva - há limites para o que podemos fazer."   A China é criticada por fornecer armas ao governo do Sudão, que por sua vez patrocina violentas milícias em Darfur desde 2003, e por não retirar seu apoio ao regime militar de Mianmar, que recentemente esmagou com dureza grandes manifestações pró-democracia.   "É claro que somos a favor dos direitos humanos, e provamos isso muitas vezes no passado", acrescentou Rogge. "Mas não esperem do COI o que o COI não pode fazer. Os Jogos vão contribuir, mas os Jogos não vão resolver todos os problemas do mundo", acrescentou.   "Demos os Jogos a um país que representa um quinto da humanidade. Demos os Jogos a um país que vai mudar, que está mudando. Não lamentamos nada."   Rogge disse que, desde a escolha olímpica, o Judiciário e a imprensa da China já passaram por reformas, e que há tentativas também de melhorar a situação do trabalho infantil no país.

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