Com ouro e bronze, Thiago Paulino e Marco Aurélio Borges fazem dobradinha na Tóquio-2020

Brasileiros sobem ao pódio juntos na última prova do dia, o arremesso de peso da classe F57 (cadeirantes com lesão na coluna)

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Por Redação
Atualização:

O Brasil contava com dois representantes na final do arremesso de peso da classe F57 (atletas com lesão na coluna que competem sentados): Marco Aurélio Borges e Thiago Paulino. E os dois não decepcionaram, com Paulino conquistando o ouro e Marco Aurélio levando o bronze na Paralimpíada de Tóquio. Com a conquista, o Brasil igualou o recorde de ouros em uma edição de Jogos Paralímpicos, os 21 de Londres.

Os dois brasileiros estavam entre os últimos a arremessar. Marco Aurélio Borges arremessou para 14,85m, assumiu o topo da classificação no momento, quebrou o recorde paralímpico e garantiu uma medalha para o Brasil. Faltavam apenas três atletas para competir: o polonês Janusz Rokicki, o chinês Guoshan Wu e Thiago Paulino.

Thiago Paulino teve a medalha de ouro contestada. Foto: Alê Cabral / CPB

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Rokicki não conseguiu ultrapassar o brasileiro, mas Wu sim, lançando para 15m e anotando novo recorde paralímpico. Assim, restou a Paulino tentar buscar outra medalha de ouro para o Brasil. No primeiro arremesso, marcou 14,77m e garantiu que subiria ao pódio com a terceira posição momentânea.

Mas ele queria mais. E já na segunda tentativa, Thiago lançou para 15,10m e assumiu a dianteira, garantindo a medalha de ouro. Ele continuou na prova para tentar quebrar o recorde mundial de 15,26m, que já é dele, e arremessou para 15,05m na terceira. Então, Thiago queimou mais dois arremessou e acabou desistindo de fazer o último.

Thiago Paulino e Marco Aurélio Borges têm histórias parecidas. Os dois começaram no esporte paralímpicos após sofrerem acidentes de carro - no caso de Thiago, também causou a amputação de uma das pernas. Thiago, de 35 anos, e Marco Aurélio, de 43, são muito amigos e, agora, medalhistas paralímpicos.

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