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Comitê Paralímpico quer Brasil no top 5 de medalhas no Rio

Time brasileiro espera subir duas posições em relação aos Jogos de Londres

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Por Marcio Dolzan
Atualização:

A um ano do início dos Jogos Paralímpicos do Rio-2016, o Brasil sonha em alcançar sucesso na organização do evento e em bater recorde de desempenho com seus atletas. Enquanto que o Comitê Rio-2016 entra na reta final em busca de uma cidade olímpica com maior acessibilidade, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) quer colocar o País no Top 5 do quadro de medalhas. Para isso, o time brasileiro terá que subir duas posições em relação aos Jogos de Londres, quando terminou em sétimo, com 21 ouros.

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Diferentemente do Comitê Olímpico do Brasil, que define seu desempenho a partir da soma total de medalhas - independente da cor delas -, o CPB utiliza a contagem oficial, baseada no número de ouros. Assim, considerando a última Paralimpíada, o Brasil precisará ter um desempenho 50% superior. “Nossa meta é ousada e realista. Se nos basearmos no quadro de medalhas de Londres, teríamos que superar nada menos que Estados Unidos e Austrália, duas potências olímpicas e paralímpicas”, pondera Andrew Parsons, presidente do CPB.

O desempenho alcançado no Parapan de Toronto, no mês passado, serve como alento. No Canadá, o Brasil conquistou mais de um terço das medalhas de ouro em disputa - foram 109 de um total de 307 possíveis. Além disso, a equipe brasileira levou 74 medalhas de prata e outras 74 de bronze. No total, foram 257 pódios.

Atletas reclamaram da quantidade de algasna água na Lagoa Rodrigo de Freitas Foto: Pilar Olivares/Reuters

“Queríamos manter o primeiro lugar que havíamos conquistado no Parapan de 2007, no Rio, e no de 2011, em Guadalajara. Mas fomos além das nossas próprias expectativas”, diz Parsons. “Ficamos felizes por todas as modalidades, mas foi muito importante ver a evolução de esportes como o tiro com arco, que saiu sem medalhas em Guadalajara e passou para duas de ouro e uma de prata, por exemplo.”

Mesmo assim, o CPB prega cautela. “Esse resultado serve como uma grande motivação para nossos atletas e aponta que estamos no caminho certo, mas sabemos que Parapan é Parapan e Paralimpíada é Paralimpíada”, ressalta o dirigente. “Se contarmos os dez primeiros lugares no quadro de medalha dos Jogos de Londres 2012, além do Brasil apenas os Estados Unidos estiveram no Parapan. Sabemos que não será fácil, mas estamos confiantes.”

Fora das pistas e das quadras, o CPB também fala em avanços. “Acreditamos que o principal impacto dos Jogos Paralímpicos será o da mudança da percepção em relação às pessoas com deficiência. Queremos mostrar que o esporte paralímpico é comercialmente viável, que se trata de uma competição de alto rendimento, com atletas de alto nível, e um grande entretenimento para as famílias.” 

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