
06 de abril de 2016 | 17h15
Park Tae-Hwan,foi suspenso por 18 meses pela Federação Internacional de Natação (Fina) em março do ano passado após testar positivo para testosterona em um exame fora do período de competição. A punição começou, retroativamente, no dia do teste, no início de setembro, e terminou no último dia 2 de março.
Só que, como forma de combater radicalmente o doping, o KOC proíbe atletas suspensos por doping de competir pela seleção nacional por mais três anos após o término de suas penas. Ao não aceitar afrouxar essa regra, a entidade aplicou a punição extra a Tae-hwan, que agora só poderá voltar a defender a Coreia do Sul em competição internacionais em março de 2019.
A decisão é polêmica porque a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), baseada na Suíça, já determinou a ilegalidade da chamada "regra de Osaka", que é esse mecanismo de oferecer uma punição extra a um atleta que cumpriu suspensão por doping. Os EUA, que tinham regra semelhante, voltaram atrás dela.
Park Tae-Hwan é o único nadador sul-coreano que possui medalhas olímpicas (são quatro, sendo duas em Londres), sendo um dos atletas mais populares do país. O caso de doping danificou a imagem do nadador. Ele perdeu as seis medalhas que conquistou em 2014 nos Jogos Asiáticos, realizados na cidade sul-coreana de Incheon. Após o evento, o centro aquático que sediou as provas passou a ter o nome do nadador.
Ele segue treinando para a seletiva sul-coreana, que vai começar em 25 de abril, uma vez que nada impede ele de competir. A tendência é que seus advogados recorram a cortes superiores para tentar reverter a decisão do KOC.
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