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Diego inspira geração futura

Ele tem razão quando diz que essa medalha não é dele, é de todo o Brasil

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Por Nathalia Garcia
Atualização:

O que Diego Hypolito fez pela ginástica artística merece mais do que uma medalha olímpica de prata. Primeiro brasileiro campeão mundial, o ginasta foi uma estrela solitária no começo da carreira e não soube administrar o excesso de expectativa sobre ele em Pequim, em 2008. A medalha veio aos 30 anos e não foi por acaso. Diego entrou na Arena Olímpica do Rio já sem tanta pressão e com a confiança reforçada pelo técnico Marcos Goto, o mesmo de Arthur Zanetti. A combinação trouxe leveza. Com ela, o talento deu conta do resto. Seu maior mérito é ter sido inspiração para as futuras gerações, a prova disso foi o bronze do estreante Arthur Nory no solo.

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O bom desempenho de Rebeca Andrade e Flávia Saraiva também tem um dedo de Diego. As jovens ginastas lideraram a equipe feminina do Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio a ponto de ofuscar Jade Barbosa e Daniele Hypolito. Xodó da torcida, Flavinha tem grandes chances de conquistar uma medalha hoje na final da trave. O bronze é a cor da medalha mais palpável porque entre as adversárias da brasileira está a norte-americana Simone Biles, que já conquistou três ouros e tem tudo para ser a nova lenda da ginástica, e outras rivais mais experientes.

Mas o bronze de Nory mostrou que favoritismo na ginástica não é sinônimo de medalha. E a história de Diego é um exemplo disso. Desacreditado após algumas frustrações, o ginasta também provou que a idade não é uma barreira quando o objetivo está bem definido a sua frente e o trabalho é árduo em busca do sonho. A prata de Diego e o bronze de Nory colocam a ginástica do Brasil em evidência, enquanto diversas modalidades do País acumulam fracassos na Olimpíada do Rio. E Diego tem razão quando diz que essa medalha não é dele, é de todo o Brasil.