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Djokovic, Osaka, Riner, Medina e Biles frustram fãs e não confirmam favoritismo nos Jogos de Tóquio

Maiores estrelas em suas modalidades, atletas decepcionam na Olimpíada e voltam para casa sem medalhas no peito; a única que ainda pode competir é a americana da ginástica

Por Wilson Baldini Jr
Atualização:

O que há em comum entre os tenistas Novak Djokovic e Naomi Osaka, o judoca Teddy Riner, o surfista Gabriel Medina e a ginasta Simone Biles? Todos eles desembarcaram em Tóquio com a perspectiva de conquistar medalha de ouro nos Jogos Olímpicos e confirmar no Japão a condição de grandes nomes do esporte na atualidade. Todos falharam na missão. Continuam sendo gigantes, mas sem medalhas no peito nesta edição. A única que ainda pode se garantir é a americana Biles, que ainda não confirmou sua decistência em mais duas provas.

O último deles a cair foi o sérvio Djokovic, que queria igualar o feito da alemã Steffi Graf, campeã do 'Golden Slam', ao reunir os quatro torneios de Grand Slam (Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open), além da medalha de ouro olímpica. Djoko é número 1 do mundo.

O sérvio Novak Djokovic deixa a quadra cabisbaixo após ser derrotado por Pablo Carreno Busta nos Jogos de Tóquio Foto: Hiroko Masuike / NYT

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A frustração do melhor tenista da atualidade pôde ser medida na derrota frente ao espanhol Pablo Carreño Busta, quando estava na disputa do bronze. Decepcionado e irritado, ele simplesmente quebrou sua raquete no chão. A frustração do sérvio foi grande. Com as desisgtências de Rafael Nadal e Roger Federer, o caminho parecia livre para ele. Só parecia. Mas a zebra chamada Zverev, de 24 anos, tratou de esvrever história diferente no tênis de Tóquio. Foi ele que eliminou Djokovic da briga pelo ouro.

No tênis feminino, Naomi Osaka, que acendeu a pira olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos e atuava diante de sua gente no Japão, também perdeu, demonstrando não estar recuperada do problema psicológico que a afastou do circuito mundial nos últimos meses. Osaka, teoricamente, não tinha rival em casa. Ficou pelo caminho e foi duramente cobrada pelos japoneses nas redes sociais.

Por motivo semelhante à de Osaka, estresse, a americana Simone Biles, apontada para herdar o lugar dos aposentados Usain Bolt (atletismo) e Michael Phelps (natação) nos Jogos como principal atleta desta edição, não suportou a pressão das cobranças e agora luta para reunir condições a fim de se apresentar pelo menos uma vez ainda. Não se sabe se ela terá condições para isso. Os médicos que cuidam de sua saúde mental é que vão decidir se ela vai competir.

Na madrugada destes sábado no Brasil, Biles e seu estafe informaram que ela continuaria fora das disputas, em que o Brasil terá Rebeca Andrade competindo. A americana de 24 anos será mantida sob avaliação para as provas de solo e da trave, para as quais também está classificada. "Continuamos maravilhados com Simone, que continua a lidar com esta situação com coragem e graça, e com todos os atletas que se destacaram durante circunstâncias inesperada com essas", informa o comunicado.

No judô, a medalha de ouro conquistada por equipes, neste sábado, não diminuiu a tristeza de Teddy Riner, que buscava no Japão o tricampeonato. Dez vezes campeão mundial, o francês teve de se contentar com o terceiro lugar no pódio de sua categoria. Aos 32 anos, terá de estender sua carreira até 2024, em Paris, se quiser voltar a dominar os pesos pesados como fez por mais de uma década. Estará em seu país e isso pode ajudar.

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Outro que decepcionou foi o surfista brasileiro Gabriel Medina, que deixou o Japão com as mãos vazias após ser apontado como medalha de ouro certa para o Brasil. Seus fãs reclamaram dos juízes, mas a verdade é que o astro das ondas não repetiu as grandes atuações que o levaram a conquistar dois títulos mundiais.

No skate, os favoritos também acabaram sendo surpreendidos nos Jogos de Tóquio. E a brasileira Pâmela Rosa acabou sendo mais uma vítima da zebra que passou pela competição nesta primeira semana. Líder do ranking mundial na categoria skate street feminino, ela conseguiu apenas a décima colocação nas eliminatórias e ficou fora da final. Estava machucada.

A história se repetiu no masculino. O americano Nyjah Huston era o atleta mais cotado para levar o ouro no skate street. Na final, porém, ele foi o penúltimo colocado.

No futebol feminino, quem volta para casa mais cedo e sem medalha e a delegação brasileira. Aos 35 anos, e provavelmente em sua última Olimpíada, Marta  não consegiu sequer levar o time para as semifinais. A eliminação para o Canadá na disputa por pênaltis pode ter sacramentado o fim do seu ciclo olímpico. Ainda resta mais uma semana de Jogos. Muitas competições serão realizadas. Resta saber quem vai ratificar a condição de favorito em sua modalidade.