
21 de outubro de 2015 | 17h53
Bach foi esgrimista e ganhou a medalha de ouro por equipes com a Alemanha Ocidental nos Jogos de Montreal, em 1976. Depois, não pode tentar o bicampeonato em Moscou porque seu país, aliado dos EUA, apoiou o boicote aos Jogos de 1980 em protesto contra a invasão soviética ao Afeganistão.
"Sei que se os líderes mundiais tivessem escutado os atletas, então esse boicote nunca teria acontecido. Depois que perdemos essa batalha contra o boicote, decidi entrar na administração esportiva para ter certeza que as futuras gerações não tivessem que sofrer e assegurar a autonomia desportiva", contou o presidente do COI.
Como resposta ao boicote imposto pelos ocidentais aos Jogos de Moscou, os países aliados à União Soviética não participaram dos Jogos de Los Angeles (EUA), em 1984. "Os boicotes são uma forma de descriminação, o que vai contra a carta olímpica", criticou Thomas Bach.
Também presente ao fórum, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu uma resolução da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para reforçar, do ponto de vista jurídico, a "despolitização do esporte". As declarações de Bach e Putin em Moscou são uma resposta aos constantes pedidos de boicotes a competições esportivas, especialmente relacionadas à Rússia, que ocupa militarmente uma região da Ucrânia. Também uma polêmica lei anti-gay fez organizações pedirem boicote aos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, o que acabou não acontecendo.
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