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Erika Miranda vacila no último segundo da semi, mas fica com bronze

Brasileira supera italiana Odette Giuffrida na luta pela medalha

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Por Redação
Atualização:

A primeira medalha do Brasil no Mundial de Judô de Astana, no Casaquistão, teve um gostinho amargo. Erika Miranda teve que se contentar com o bronze, nesta terça-feira, depois de deixar escapar a vaga na final por um vacilo inacreditável. A judoca do Minas Tênis Clube vencia a japonesa Misato Nakamura, bicampeão mundial (2009 e 2011) até o último segundo, mas levou um inesperado wazari. Na disputa do bronze da categoria até 52 kg, a brasileira venceu a italiana Odette Giuffrida. Nem comemorou.

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A medalha, de qualquer forma, é a terceira seguida de Erika em Mundiais. Em Astana, a brasiliense acreditava que poderia ficar com o ouro depois de ser prata no Rio (2013) e bronze em Chelyabinsk, na Rússia, em 2014. Até porque a bicampeã mundial Maljlinda Kelmendi, do Kosovo, derrotada apenas três vezes durante todo o ciclo olímpico, está machucada.

Em Astana, Erika começou a campanha diante de Zhanna Stankevich, da Armênia, e precisou de apenas 2min11s de luta para aplicar dois wazaris e vencer. Na segunda rodada, a brasileira estrangulou Lenariya Mingazova, do Casaquistão, após apenas 1min17s de combate. Nas quartas, mostrando variedade de golpes, aplicou um koshi-jime no chão para superar Darya Skrypnik, da Bielo-Rússia, com 0s59 de luta.

Na semifinal, era a chance de vencer a bicampeã mundial Nakamura pela primeira vez após quatro combates, todos vencidos pela japonesa por ippon. Determinada, a brasileira dominou a luta. Recebeu o primeiro shidô (punição), mas imprimiu maior ritmo até que a rival fosse punida duas vezes.

A vitória era da brasileira até 3 segundos para o fim da luta. Nakamura conseguiu um toque no pé direito de Erika, que foi projetada para trás. Mais um empurrão e a brasileira caiu com o dorso no chão. Wazari a um segundo do fim, para desespero da técnica Rosicleia Campos.

Na decisão do bronze, Erika estava claramente insatisfeita. Começou a luta agressiva, deixou a italiana Odette Giuffrida, de apenas 20 anos, passar a contralar as ações, mas venceu graças a um shidô recebido pela rival.

De todos os brasileiros com chance de conquistar medalha no judô no Rio-2016, Erika parece a aposta mais certeira. Foi ao pódio nos três Mundiais anteriores à Olimpíada, vem de uma prata e um quinto lugar no Grand Slam de Tóquio (o mais forte do mundo), é bicampeã do Campeonato Pan-Americano e faturou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.

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Em Astana, foi a primeira brasileira a subir ao pódio, mas a quarta a perder para japoneses. Eric Takabatake e Felipe Kitadai foram eliminados pelo mesmo rival, enquanto Nathalia Brígida foi superada por japonesas na semifinal e na disputa do bronze, segunda-feira, na categoria até 48kg. Sarah Menezes e Charles Chibana, que chegaram como favoritos, perderam na estreia.

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