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Esporte, paixão e fogo!

Quanta importância tem o fogo, este símbolo que numa simples lamparina atravessou o oceano atlântico e aportou pela segunda vez aqui em nosso País, pois a primeira foi o fogo dos Jogos Olímpicos de Atenas, que passou pelas terras brasileiras. E nesta geração de atletas há um que, por mais que caçoem dele, vive para receber como presente a honra de acender a chama maior dos Jogos “a pira olímpica”. Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, que é empresário e um tremendo profissional que, por não ter tido a chance de participar dos Jogos, não tem medalha olímpica. Ele reúne não só o título de tricampeão do mundo do esporte bretão, o futebol, mas é simplesmente o atleta do século. Por total falta de respeito foi desconsiderado na Copa do Brasil e, acredito, que os deuses do futebol deram uma lição daquelas na seleção e em todos que desmereceram o rei.

Por Robson Caetano
Atualização:

Quando a chama acender no estádio olímpico _ essa será a primeira vez que a pista de atletismo não se faz presente na cerimônia de abertura dos Jogos da era moderna _ no estádio Jornalista Mario Filho, Maracanã, terá inicio o mundial de várias modalidades esportivas em um espaço de duas semanas. Agora imaginem, senhores, conseguir colocar em forma atletas de 207 nações por um período de tempo tão curto, e ter uma concentração de ídolos, de personalidades num único país. Isso nos leva a uma das viagens mais incríveis que podemos pensar. Colocar o sol numa tocha sagrada na Grécia e, a partir dai, essa chama se transformar pelas mãos de um herói no símbolo máximo dos Jogos.

  Foto: Divulgação

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A cerimônia de abertura era muito cansativa para os atletas. Me lembro de, em Los Angeles - 1984, ficarmos de pé por horas até Rafer Johnson (atletismo), acender a pira olímpica, que recebeu da neta de Jesse Owens na escadaria do estádio do Coliseu. Retornamos nos ônibus escolares para UCLA depois de horas, diga-se de passagem, sem ar condicionado naquele calor quase insuportável do verão californiano. Hoje tudo mudou e os atletas têm lugares no estádio para assistirem a cerimônia depois do desfile. Afinal eles são a razão do sucesso do evento!

Agora sem dúvida estar num local com todos que irão competir nos Jogos é um dos momentos mais mágicos do evento. O mundo inteiro se volta para este momento. É onde são apresentadas as estrelas dos Jogos. E mesmo as estrelas se tornam crianças grandes, com seus uniformes de desfile e o olhar atento. Do atleta mais laureado, como Michael Phelps até o que está indo pela primeira vez, da equipe de refugiados, passando por Usain Bolt, todos vão prestar reverência àquele que acender o fogo dos Jogos.

Todas as expectativas e sonhos perseguidos durante um ou mais ciclos olímpicos desembocam neste momento, que para muitos já é uma grande vitória. O entretenimento e protocolos olímpicos são seguidos e, claro, depois de todo o espetáculo, a vida destes jovens que lá estarão para defender as cores de seus países e mesmo os sem país para defender, viverão como Deus e receberão as energias que um Deus recebe. E orações que serão despejadas sobre eles. Eu posso dizer que a sensação de poder é indescritível. E é essa sensação que nossos atletas receberão do povo que pertence a esta terra chamada Brasil.

O fogo sagrado unifica os povos, dá orientação, aquece os corações dando um norte a uma nação. É isso que significa estar perto de algo que é a expressão máxima de respeito, carinho, paixão e amor. Foi através dele que Moisés escreveu os 10 mandamentos, foi por causa dele que o ser humano sobreviveu à era glacial, foi por conta dele que desenvolvemos nossa indústria. E por conta de muito suor produzido pelo calor, emanado de um sol que aquece este planeta, que atletas do mundo inteiro estão aqui no Brasil na busca por medalhas forjadas no fogo. Sim eu disse Brasil, numa Olimpíada que não pertence somente ao Rio. Ela é do povo desta terra.