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EUA vencem de novo e Brasil fica com a prata no vôlei

Em atuação de gala de Stanley e Ball, os americanos repetem o sucesso da última Liga Mundial e levam o ouro

Por EFE
Atualização:

Jonne Roriz/AE Murilo (camisa 8) e Dante (ao fundo) lamentam a comemoração americana pela conquista da medalha PEQUIM -  O Brasil perdeu para os Estados Unidos por 3 sets a 1, com parciais de 20-25, 25-22, 25-21 e 25-23, na final do vôlei masculino dos Jogos Olímpicos de Pequim e conquistou sua segunda medalha de prata na história da competição. Apesar do bom início, os brasileiros erraram muito a partir do segundo set e perderam a oportunidade de conquistar o terceiro ouro do vôlei masculino do país. Veja também: A campanha brasileira na Olimpíada de Pequim  Seleção brasileira de vôlei não esconde decepção pela derrota  Bernardinho nega fracasso na seleção masculina de vôlei  'Foi impossível parar o ataque dos EUA', diz André Heller  Após tragédia, técnico dos EUA se emociona com ouro do vôlei A partida reuniu duas equipes que venceram quatro dos seis torneios olímpicos anteriores. Além disso, a decisão deste domingo serviu para o desempate entre as duas seleções, que tinham dois títulos cada. O caminho para o terceiro ouro do Brasil começou bem, com os comandados de Bernardinho dando a entender que tinham corrigido as falhas apresentadas na semifinal da Liga Mundial de 2008. Ao contrário da partida no Maracanãzinho, os brasileiros tinham um bom aproveitamento em quase todos os fundamentos, pecando apenas no saque. Já os americanos cometeram muitos erros de ataque e isso permitiu com que os campeões de Atenas mantivessem sempre uma vantagem confortável no primeiro set. A equipe treinada pelo neozelandês Hugh McCutcheon apresentou falhas surpreendentes no início do jogo. Clayton Stanley, principal pontuador do torneio, errou em suas duas primeiras tentativas de ataque. Já Lloy Ball, considerado o melhor levantador do mundo, cometeu um erro infantil de passe, fazendo com que o Brasil abrisse 6 a 3. Pelo lado brasileiro, o meio-de-rede André Heller foi o destaque da primeira etapa, aproveitando bem os passes do levantador Marcelinho. Em uma dessas jogadas, o futuro atleta do Vivo Minas fez 10 a 6. O bloqueio dos EUA começou a funcionar e os adversários do Brasilconseguiram dois pontos desta forma. No entanto, a vantagem continuava confortável e um ataque de Giba fez com que a equipe brasileira chegasse à segunda parada técnica vencendo por 14 a 9. Os comandados de Bernardinho chegaram a abrir 17 a 10 após um erro de ataque de Stanley, que Heller não perdoou no bloqueio. Quando vencia por 20 a 15, o técnico brasileiro pôs o levantador Bruninho e ponta Murilo em quadra, substituições que surtiram efeito no final do set. O ponta fez o 24º ponto do Brasil em um belo ataque, enquanto André Heller fechou o set com mais uma cortada. Na volta do intervalo, o filme da Liga Mundial deve ter passado novamente na cabeça dos brasileiros, já que Stanley brilhou e encaixou uma seqüência de ótimos saques, complicando o trabalho da recepção. O americano teve participação em todos os pontos do 6 a 0 que sua equipe abriu. Bernardinho pôs Murilo novamente em quadra para tentar melhorar a defesa e o Brasil chegou a seu primeiro ponto. No entanto, o bloqueio dos EUA passou a funcionar muito bem, enquanto os brasileiros passaram a demonstrar certo abatimento. E com o erro dos bloqueadores do Brasil, os comandados de McCutcheon chegaram à primeira parada técnica com um sonoro 8 a 2. O Brasil só voltou a vibrar quando um ponto de bloqueio de André Heller contagiou a equipe, fazendo com que a diferença caísse para 17 a 12. McCutcheon tentou frear o bom momento dos brasileiros ao pedir tempo logo em seguida, mas os comandados de Bernardinho responderam com mais dois pontos, diminuindo agora para 17 a 14. Após um ataque do capitão Giba, o Brasil fez com que a diferença caísse para 21 a 20. No entanto, os pontos de Stanley no início do set fizeram a diferença e começaram a fazer falta para os atuais campeões mundiais. Para completar, o americano voltou a brilhar nos momentos finais e fez 25 a 22 com um ataque perfeito. Já o terceiro set começou com muito equilíbrio. Prova disso foi o Brasil marcando 1 a 0 com um bloqueio justamente em Stanley. Com as duas defesas trabalhando bem, nenhuma equipe conseguiu abrir uma grande vantagem, como em outros momentos do jogo. No entanto, os EUA chegaram à primeira parada técnica vencendo por 8 a 7 após um saque de Giba na rede. Após um ponto de bloqueio, a vantagem aumentou para 12 a 9, fazendo com que Bernardinho parasse o jogo. Mas o Brasil continuou falhando no saque e parando no bloqueio dos americanos, que chegaram à segunda parada técnica com 16 a 12 no placar. Os EUA seguiram aumentando sua vantagem se aproveitando dos erros dos brasileiros e chegaram a abrir seis pontos, com 20 a 14. Os comandados de Bernardinho esboçaram uma reação com um ace de Bruninho, que diminuiu para 20 a 16. Na seqüência, um ponto de bloqueio de Murilo fez com que McCutcheon pedisse tempo para esfriar o bom momento dos bicampeões mundiais. Porém, com um saque e um ataque errados de Murilo, os EUA voltaram a abrir uma vantagem e fizeram 23 a 19. Depois, Samuel sacou para fora e selou a virada dos americanos na partida.  O ponta Murilo era um dos brasileiros mais lúcidos em quadra e fez 4 a 3 no quarto set, que também começou equilibrado. E a equipe, depois de muito tempo, conseguiu abrir dois pontos de vantagem. Giba atacou usando o bloqueio e fez 6 a 4.  No entanto, o eficiente Stanley voltou a brilhar, empatando em 20 a 20. A partir daí, três erros seguidos do capitão Giba foram determinantes para o resultado. Na seqüência, Millar subiu à rede e não encontrou resistência para fazer o 24.º ponto. E Stanley, em uma jogada que se repetiu tantas vezes na Liga Mundial e nos Jogos Olímpicos, fez o ponto do campeonato.