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Fabiana Beltrame é prata em seletiva e pode ficar fora do Rio-2016

Cada país pode classificar só um barco no feminino e outro no masculino

Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

Principal remadora do País, campeã mundial em 2011, Fabiana Beltrame corre risco real de ficar fora dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, apesar de ter assegurado vaga. A catarinense, que atualmente defende as cores do Vasco, foi apenas a segunda colocada na final da Regata Continental Latino-Americana, nesta quinta-feira, no Chile, e viu a dupla do Double Skiff Peso-Leve, Vanessa Cozzi/Fernanda Ferreira, também garantir vaga na Olimpíada.

Pelo regulamento da competição, cada país pode classificar apenas um barco no feminino e um no masculino. Ao vencerem a final do Double Skiff Peso-Leve, Vanessa e Fernanda ficaram com uma das três vagas em jogo. Fabiana fez o mesmo ao se classificar para a final do Single Skiff, que distribuía seis credenciais. Na final, ela garantiu a prata, derrotada por uma atleta de Bermudas, Michelle Parson.

Brasileira Fabiana Beltrame é uma das favoritas na competição Foto: Reuters

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Fabiana já admite ficar fora da Olimpíada: "Infelizmente, a regra diz que apenas um barco do país classifica. A confederação tem duas semanas pra decidir quem vai, mas acredito que elas sejam escolhidas por mérito e pelo ótimo trabalho do Julio e Alexandre, que fizeram um barco competitivo em tão pouco tempo", postou em sua conta no Instagram.

Agora, cabe à comissão técnica da Confederação Brasileira de Remo (CBR) decidir qual das duas embarcações irá levar ao Rio-2016. A entidade costuma utilizar um chamado "índice de referência" para comparar tempos de provas distintas, como o caso do Double Skiff Peso-Leve e o Single Skiff.

Beltrame completou a final em 7min44s57, cerca de três segundos mais lenta do que o tempo da bateria eliminatória: 7min41s42. Enquanto isso, Vanessa e Fernanda venceram a final em 7min08s95. Comparando-se com resultados anteriores, o índice da dupla é bem superior ao de Beltrame. Na seletiva nacional, em fevereiro, em São Paulo, elas tiveram índice semelhantes: 92,69% para Fabiana, 92,18% para a dupla.

A veterana venceu o Mundial de 2011 no Single Skiff Peso-Leve, que não é prova olímpica. Apesar da próxima edição dos Jogos ser no Rio, ela optou por não migrar para uma prova olímpica até janeiro passado. Alegando que não encontrava parceiras de mesmo nível técnico e determinação, não montou uma dupla para o Double Skiff Peso-Leve, nem ganhou peso para competir no Single Skiff.

No ano passado, preferiu disputar o Mundial no Single Skiff Peso-Leve, abrindo mão de competir no Single Skiff e tentar a vaga Olimpíada. Isso jogou a tentativa de classificação para a Regata Continental, que tem esse limite de credenciais por países. Ganhou uma concorrência interna que pode causar um final surpreendente.

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Fabiana Beltrame participou de três edições olímpicas. Em Atenas e Pequim, competiu no Single Skiff. Depois, alegando que sentia-se melhor com o corpo mais leve, passou a se dedicar a provas do Peso-Leve, indo aos Jogos de Londres no Double Skiff Peso-Leve, com Luana Bartholo.

MASCULINO - Entre os homens, a situação é muito parecida. Xavier Vela e Willian Giaretton venceram a final do Double Skiff Peso-Leve e garantiram a vaga olímpica, enquanto Steve Hiestand foi terceiro colocado na final do Single Skiff, depois de também garantir a classificação.

A dupla fez um melhor índice de referência e aparece como favorita para ser convocada para a Olimpíada. Steve, entretanto, foi melhor que Xavier/Willian na seletiva.