A ausência de Usain Bolt na final dos 100 metros rasos na seletiva jamaicana de atletismo causou tanto alvoroço no Estádio Nacional, em Kingston, que ofuscou uma grande confusão ocorrida na sexta-feira. Teve atleta sendo advertido de forma equivocada por queimar a largada, vaias da torcida e até briga na pista. A Associação Jamaicana de Atletismo (JAAA) esclareceu a situação apenas na terça-feira. “Uma queima de largada foi indicada na raia quatro e o atleta foi punido, como prescrito no regulamento. No entanto, a revisão da largada depois do protesto dos participantes sugeriu o movimento do atleta na raia um”, explicou.
O velocista posicionado na raia quatro era Nickel Ashmead, mas os replays da televisão indicavam que Jason Livermore, na primeira raia, fosse o culpado. O cartão vermelho despertou a ira da torcida, que vaiou furiosamente. Um membro da comissão técnica precisou ser retirado da pista pelos seguranças. Após objeção de Ashmead e de outros atletas, a punição foi revertida Segundo a JAAA, uma falha técnica desencadeou o problema. “Checagens foram realizadas para determinar porque a raia um não foi punida, descobriu-se que o bloco de saída programado para a raia um foi erroneamente colocado na raia quatro e vice-versa. Assim, a decisão inicial foi alterada”, alegou. Finalizado o tumulto, a prova dos 100 metros rasos ocorreu normalmente. “Como não havia registro eletrônico da queima de largada na raia um, foi decidido que a corrida seria reiniciada e nenhum atleta desqualificado”, finalizou a JAAA. O vencedor foi Yohan Blake, que cravou o tempo de 9s95, seguido de Ashmeade (9s96) e Jevaughn Minzie (10s02).*A repórter viaja a convite do Escritório de Turismo da Jamaica.
