Publicidade

Favorita ao pódio na estreia do surfe na Olimpíada, Carissa Moore estreita laços com fãs em projeto

Havaiana é tetracampeã mundial e participa de projeto ao lado de outros atletas

PUBLICIDADE

Por Andreza Galdeano e Paulo Favero
Atualização:

A havaiana Carissa Moore, tetracampeã mundial de surfe, tinha decidido dar um tempo na disputa do Circuito Mundial neste ano e se dedicar aos seus projetos, que incluía a disputa dos Jogos de Tóquio. Mas veio a pandemia de coronavírus, as competições foram suspensas e a própria Olimpíada adiada. De qualquer maneira, os planos continuam os mesmos e ela tem aproveitado seu tempo para treinar, pois onde mora a situação da covid-19 não está complicada e as praias estão liberadas para o surfe.

Ao lado de outros grandes atletas, como a brasileira Fabiana Murer e a ex-jogadora de basquete Janeth Arcain, a nadadora síria Yusra Mardini, da equipe de refugiados, o atleta britânico Colin Jackson, o ciclista italiano Elia Viviani e o nadador francês Alain Bernard, entre outros, ela está participando de um projeto do Comitê Olímpico Internacional (COI), o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) e o Airbnb para oferecer a algumas pessoas uma experiência online com esses grandes nomes do esporte. "Eu estou empolgada para ser anfitriã da minha Experiência Online do Airbnb e quero ajudar a espalhar o espírito Aloha ao redor do mundo", disse, em entrevista ao Estadão.

A surfista havaianaCarissa Moore Foto: Reprodução

PUBLICIDADE

Carissa é o grande nome do surfe na atualidade e uma das favoritas a subir ao pódio nos Jogos de Tóquio. Aos 27 anos, tem no currículo quatro títulos mundiais (2011, 2013, 2015 e 2019) e costuma se dar bem em todo tipo de onda. Até para manter a forma, ela não parou durante a pandemia. "Eu tenho conseguido surfar bastante todas as manhãs, pelo menos nos últimos meses, e obviamente tenho feito isso de maneira responsável, sem riscos", explicou.

Quando a pandemia chegou, ela já tinha decidido dar um tempo nas competições em 2020 e pretendia manter o foco na Olimpíada. "Eu tive a honra de confirmar a vaga olímpica e quero representar os Estados Unidos da melhor maneira possível. Estou orgulhosa disso. Tinha planejado usar este verão no Hemisfério Norte para treinar no Japão, no local onde serão as competições olímpicas, mas até agora não tive a chance de fazer isso", lamentou.

Tinha planejado usar este verão no Hemisfério Norte para treinar no Japão, no local onde serão as competições olímpicas, mas até agora não tive a chance de fazer isso

Carissa Moore, surfista norte-americana

Ela tem boa relação com os brasileiros e vê que o potencial enorme do surfe no País. "Eu sempre admirei o quanto as pessoas no Brasil curtem e respeitam o surfe. Até por causa disso, acho que o esporte tem tudo para continuar crescendo aí. O Brasil tem produzido campeões no masculino e tenho certeza de que um dia o Brasil terá uma mulher segurando o troféu do Circuito Mundial de Surfe", aposta.

A surfista torce para que a pandemia de coronavírus perca a força logo nas diversas regiões do mundo para que as competições possam retornar. O calendário do surfe, neste ano, ainda não teve disputas na elite e não se sabe ainda quando retornará. "As competições de surfe vão retornar assim que o mundo encontrar uma solução segura para combater a expansão do coronavírus", diz.

Entre treinos e atividades de sua vida, ela espera que consiga oferecer no projeto de Experiência Online parte do que vive no Havaí. "Teremos um mergulho no meu mundo em Oahu com meu treinador de longa data e uma querida amiga para um treino na praia", comentou a tetracampeã do mundo. No total serão dezenas de atletas olímpicos e paralímpicos de mais de 20 países que vão oferecer durante cinco dias 100 Experiências Online. Essas atividades serão realizadas pelo aplicativo de videoconferência Zoom e podem ser reservadas por qualquer pessoa pela plataforma Airbnb a partir de 22 de julho.

Publicidade

As competições de surfe vão retornar assim que o mundo encontrar uma solução segura para combater a expansão do coronavírus

Carissa Moore, surfista

"Neste momento em que é difícil para as pessoas se reunirem e celebrarem a performance excepcional dos atletas, o Airbnb tem orgulho de sediar esse festival, que é uma nova maneira de vivenciar o espírito olímpico e paralímpico. O público poderá se conectar e interagir com alguns dos mais importantes competidores do Movimento Olímpico e Paralímpico, dando a eles ainda mais estímulos para o ano que vem", disse Joe Gebbia, cofundador do Airbnb.

Thomas Bach, presidente do COI, os atletas estão no centro do movimento olímpico e recebem total apoio da entidade. "Este festival é uma ótima maneira de unir e inspirar o mundo no espírito de amizade e solidariedade. Estamos felizes em colaborar com o Airbnb para oferecer oportunidades inovadoras de empoderamento econômico a atletas olímpicos e paralímpicos do mundo inteiro”, avisou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.