
26 de maio de 2016 | 07h00
O segundo jogo da final da Liga Nacional de Basquete, entre Flamengo e Bauru, será realizado nesta quinta (26/05) também com intuito olímpico. A partida, marcada paras às 17h, acontece na Arena Carioca 2, construída no Parque Olímpico da Barra. A escolha do local para sediar o jogo desta quinta-feira – e do próximo sábado – resolve dois problemas: dá uma casa confortável ao time carioca e permite ao Comitê Rio-2016 finalmente testar uma das novas instalações olímpicas com capacidade total de público.
Desde 2014, o Rio-2016 realizou 44 eventos-teste para a Olimpíada, mas apenas três deles tiveram acesso total do público – e todos em instalações já existentes. Foi o caso das finais da Liga Mundial de Vôlei (Maracanãzinho), de uma das etapas do Mundial de Saltos Ornamentais (Parque Aquático Maria Lenk) e do Pré-Olímpico de Ginástica (HSBC Arena). Nenhuma das novas instalações foi testada com lotação máxima. Mais do que isso, em geral o acesso de público nesses locais se limitou a familiares e estafe de atletas.
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Dentre as razões para isso, as duas principais foram as competições sendo realizadas ainda em meio a obras e o enxugamento de gastos. "A gente teve que fazer concessões. O orçamento nosso não é ilimitado, é dinheiro privado, e chegou uma hora em que a gente optou por fazer eventos-teste mais baratos para garantir que a gente os entregasse", explicou o diretor de Comunicação do Comitê Rio-2016, Mario Andrada.
Assim, praticamente todos os eventos-teste serviram para avaliar apenas a área de disputa, não a de público. Essa alternativa foi bem diferente do que aconteceu em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, quando a Fifa exigiu que todos os novos estádios tivessem pelo menos duas partidas com arquibancadas lotadas. Além de testar a logística, havia a preocupação de não se vender ingressos para assentos inexistentes ou com visibilidade limitada.
O próprio Comitê Rio-2016 reconhece que a ausência de público nos eventos-teste não foi o ideal. "Pode dar problema, mas tivemos que fazer opções. O nosso cardápio é bem mais complexo do que o cardápio da Fifa", afirmou Andrada.
Ele, porém, considera que a realização de pelo menos dois jogos das finais do basquete e de jogos da Liga Mundial e do Grand Prix de Vôlei, no mês que vem, serão suficientes para testar o Parque Olímpico antes da Olimpíada. "Isso acabou salvando a gente porque vamos ter três ou quatro oportunidades de testar uma venue (instalação olímpica) cheia."
A decisão do basquete será no ginásio que abrigará as competições de luta olímpica e de judô nos Jogos do Rio. Já os jogos do Grand Prix e da Liga Mundial de Vôlei serão realizados na Arena Carioca 1, palco do basquete na Olimpíada. A operação dos eventos será dividida entre os organizadores das competições e do comitê.
Para o Rio-2016, mesmo que se limite a duas instalações, os testes de público darão uma noção exata do que esperar para a Olimpíada. "A gente não precisa testar todas as venues, porque o movimento de público é mais ou menos igual e o jeito que o público se comporta é mais ou menos igual. Se testarmos duas ou três vezes, estaremos satisfeitos", afirmou Mario Andrada.
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