‘Foi o ciclo mais difícil’, diz Zé Roberto após prata do vôlei feminino em Tóquio

Segundo lugar no pódio, porém, anima treinador para novo ciclo rumo a Paris-2024; ele tinha sete atletas novatas em Jogos nesta edição

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Foto do author Raphael Ramos
Por Paulo Favero , Raphael Ramos e enviados especiais/ Tóquio
Atualização:

O técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, José Roberto Guimarães, sai dos Jogos Olímpicos de Tóquio com o sentimento de que o Brasil poderia ter jogado mais na decisão contra o Estados Unidos, mas contente por estar no pódio novamente e otimista com o novo ciclo. Com a prata deste domingo, ele chegou a sua quarta medalha olímpica. O treinador tem ainda três ouros: Barcelona-1992 (com o time masculino), Pequim-2008 e Londres-2012.

“Acho que a medalha de prata para mim vem coroar um esforço de um ciclo que foi o mais difícil, por vários aspectos. Tivemos mudanças de jogadoras, contusões...”, disse o treinador.

José Roberto Guimarães relembra momentos de dificuldade superados no ciclo olímpico Foto: Manu Fernandez/ AP

Depois de o Brasil não chegar ao Japão entre os favoritos e conquistar o vice-campeonato olímpico, Zé Roberto destacou o poder de superação da equipe ao longo da competição. O Brasil terminou à frente de seleções como China, Sérvia e Itália. “O trabalho foi bacana. Não éramos nem cotados para estar entre os três e subimos ao pódio”, disse. “Estar no pódio é sempre importante. Estar entre as melhores equipes é sempre importante.”

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O bom desempenho em Tóquio deixou o treinador animado para os Jogos de Paris, em 2024. A seleção passará por mudanças, com a saída de titulares como Fernanda Garay e Camila Brait, que já anunciaram que não continuarão na equipe, mas Zé Roberto está confiante na nova geração.

“Jogadoras altas estão aparecendo, mais jovens. Será um ciclo bem interessante. Tenho fé que vai dar bons resultados”, aposta. Entre as jogadores que deverão permanecer como peças fundamentais no elenco estão Gabi, Rosamaria, Macris e Roberta.

DERROTA

Na avaliação do treinador, o Brasil rendeu abaixo do esperado na final diante dos Estados Unidos neste domingo. O adversário controlou o jogo desde o início e venceu sem muita dificuldade por 3 sets a 0 (parciais 25/21, 25/20 e 25/14).

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“Podíamos ter jogado muito melhor. Os EUA jogaram bem, de forma agressiva, sacaram bem. Se fizermos um retrospecto, o ciclo dos EUA foi mais regular do que a maioria dos times. Eles conseguiram manter a dinâmica.”

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