Formiga diz que bronze pode 'coroar' trabalho da seleção feminina

Jogadora de 38 anos está na sexta Olimpíada e tem duas pratas conquistadas

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Por Antonio Pita , Ciro Campos e enviados especiais ao Rio
Atualização:

Aos 38 anos e com seis Olimpíadas no currículo, a jogadora Formiga indicou que vai deixar a seleção brasileira feminina de futebol em dezembro. Abalada com a eliminação para a Suécia, a jogadora cobrou mais "suporte" para o trabalho de renovação nas bases do futebol ao dizer que só a dedicação das atletas não ganha medalha. A baiana afirmou ainda que o bronze vai "coroar" o trabalho da seleção que "caiu nas graças do povo".

"Lutei tanto, trabalhei demais... Todos puderam perceber a entrega não só minha, mas de todas na Olimpíada. Mas para se conquistar é preciso ter trabalho, não só nossos esforços" disse a jogadora, antes de deixar o Maracanã nesta terça-feira. "Comprovamos que, do jeito que a gente vem jogando, caímos na graça do povo. Mas precisamos que as pessoas envolvidas no futebol nos abracem também", completou.

Seleção brasileira empolgou a torcida e mostrou o quão fortea modalidade é. Infelizmente, a garra e a técnica da equipe comandada por Marta não foram suficientes e o Brasil acabou eliminado pela Suécia, nos pênaltis, na semifinal. A disputa do bronze será sexta-feira. Foto: AP Photo/Natacha Pisarenko

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Formiga afirmou que o time deu tudo em campo e que "só faltou o gol". Ela destacou a formação tática das adversárias, que fecharam a defesa na espera de um contra-ataque. "Paciência nos tivemos, trabalhamos bem a bola. Pontaria nos faltou um pouco, mas quando a bola não que entrar, ela não entra."

Com duas pratas olímpicas no currículo (Atenas-2004 e Pequim-2008), a atleta indicou que o bronze terá "o mesmo significado de que se fosse o ouro". "A gente se entregou muito. Muitos não acreditaram, mas a gente acreditou. Vamos brigar da mesma maneira que brigamos agora para coroar o nosso trabalho, a gente merece."

Com planos de deixar a seleção em dezembro, ela indicou que vai continuar jogando futebol e quer contribuir com a formação de base das jogadoras. "Essa Olimpíada deixa a certeza de que, se tem um trabalho sério, vamos conseguir. O que a gente mais quer ainda é o apoio e o suporte para melhorar. A gente evoluiu muito lentamente, precisa acelerar esse processo. Todas as seleções tiveram renovação. É isso que nosso País tem que fazer, fortalecer e dar oportunidade para que o trabalho seja feito", indicou.

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