A Paralimpíada é sinônimo de superação, não só dentro das quadras e pistas. João Maia, de 41 anos, é um fotógrafo cego e está cobrindo os Jogos Paralímpicos.
João Maia perdeu a visão aos 28 anos decorrente de uma uveíte, doença inflamatória nos olhos. A deficiência faz com que o fotófrafo enxergue apenas vultos e algumas cores. Antes disso, Maia era carteiro e por conta de sua doença começou a usar bengala e ler em braile.

Foi em 2008 que João Maia começou sua carreira como fotógrafo profissional. Porém, a Paralimpíada é o primeiro que cobre. Antes disso, trabalhou apenas em eventos testes e competições de menores expressões. No começo, o fotógrafo utilizava uma câmera padrão, porém com o tempo foi se modernizando e hoje usa uma celular de última geração que o auxilia em questões como foco e luminosidade.
"Não preciso ver para fotografar, tenho os olhos do coração", disse João Maia à agência de notícias AFP. O fotógrafo inclusive tem conta nas redes sociais onde compartilha algum de seus trabalhos. "Sem eles, não poderia fazer nada. São eles que me ajudam com a edição, que eu não poderia fazer, que postam as fotos nas redes sociais", explicou.