PUBLICIDADE

Publicidade

Guardas chineses da tocha não farão segurança no Japão

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Os guardas paramilitares da tocha olímpica não terão um papel de segurança na passagem da chama pelo Japão, disse uma autoridade japonesa nesta quinta-feira. A tocha chega a Nagano, cidade-sede da Olimpíada de Inverno de 1998, em 26 de abril, após ter passado por diversas cidades do mundo sob protestos de manifestantes anti-China. Dois "assistentes da tocha" correrão ao lado dos carregadores da chama durante os 18,5 km do percurso, que foi mantido apesar dos recentes protestos, disse uma autoridade da organização da passagem da chama por Nagano. "Nós ouvimos que eles ficarão cuidadosamente supervisionando a chama", disse o funcionário, acrescentando que o papel dos guardas chineses de uniforme azul e branco não será de garantir a segurança. O esquadrão --formado por 70 membros da Polícia Popular Armada da China-- tem recebido críticas por todos os lugares onde passou pela abordagem rigorosa para garantir a passagem da tocha em meio aos manifestantes. "Não acho que haja qualquer conversa sobre a participação dessas pessoas de roupa azul", disse em entrevista coletiva Nobutaka Machimura, chefe de gabinete do primeiro-ministro japonês. Mesmo que houvesse um pedido para que os segurança da tocha participassem do revezamento, "nós somos uma nação extremamente correta, então não estaremos em uma situação de segurança em que fosse necessário pedir ajuda da polícia de outro país", acrescentou Machimura. A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Jiang Yu, disse que os guardas da tocha foram dispensados da mesma forma que aconteceu em Olimpíadas passadas. "A prática sempre foi a mesma em Jogos passados e o Comitê Olímpico Internacional dá 100 por cento de apoio", disse Jiang em entrevista coletiva. Nesta quinta-feira a tocha olímpica chegou a Nova Délhi e foi recebida em meio a protestos da maior comunidade do mundo de exilados tibetanos. O revezamento também foi alvo de protestos na Europa e nos Estados Unidos, onde em algumas cidades os manifestantes tentaram apagar a chama e os organizadores foram obrigados a escondê-la dentro de ônibus. (Reportagem adicional de Guo Shipeng em Pequim) (Por Chisa Fujioka)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.