Publicidade

IAAF discute proibir saltadores paralímpicos em Olimpíadas e Mundiais

Grupo vai analisar como as próteses influenciam nas provas

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Os recentes resultados do alemão Markus Rehm levantaram uma nova polêmica no atletismo: até que ponto é justo que atletas paralímpicos que usam próteses em substituição às pernas compitam no salto em distância contra atletas que não têm deficiência? Uma resposta a esta pergunta será dada em junho pelo Conselho da IAAF (Associação das Federações Internacionais de Atletismo).

No ano passado, Rehm venceu o Mundial Paralímpico com um salto de 8,40m, o que seria suficiente, por exemplo, para fazer dele campeão olímpico em Londres. O britânico Greg Rutherford saltou apenas um centímetro a mais para ganhar o Mundial de Pequim, no ano passado.

Markus Rehm luta para disputar o RIo-2016 Foto: Reuters

PUBLICIDADE

Para discutir o tema, a IAAF chamou um representante da Federação Alemã de Atletismo (Gerhard Janetzky) para compor o grupo de trabalho que vai debater o veto à participação de atletas com prótese em competições de salto em distância em Mundiais e Olimpíada. A entidade alemã já em 2014 se recusou a convocar Rehm para o Campeonato Europeu entendendo que a prótese na perna direita lhe garantia ganho esportivo.

Também representantes da Federação Europeia, do Comitê Olímpico Internacional, da Comissão de Atletas da IAAF e especialistas vão discutir o tema junto com o secretário-geral Jean Garcia. O primeiro encontro será em 20 de abril, em Mônaco, na sede da IAAF.

De acordo com a própria IAAF, objetivo do grupo é concordar em recomendar ao Conselho da IAAF que atletas com próteses não possam participar de competições 'major' (Mundiais, Olimpíada e jogos continentais) a não ser que eles comprovem que não têm ganho competitivo sobre um atleta sem prótese. A ideia é conseguir a aprovação dessa especificação em junho, a tempo dos Jogos Olímpicos do Rio.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.