Interpol vê possibilidade de ataque terrorista durante Jogos

Protestos promovidos por simpatizantes da causa tibetano podem ameaçar a segurança da competição

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Por Benjamin Kang Lim
Atualização:

Há uma "real possibilidade" de que a Olimpíada de Pequim seja alvo de atentados terroristas ou que grupos contrários ao regime chinês ataquem atletas durante os Jogos, disse na sexta-feira o secretário-geral da Interpol.   Veja também:  China e EUA prometem duelo equilibrado pelas medalhas   "Uma tentativa de terrorismo é uma possibilidade e uma preocupação real que todos os países anfitriões de Olimpíadas compartilham nos últimos anos", disse Ronald Noble na abertura da Conferência Internacional sobre Cooperação de Segurança, em Pequim.   "Os recentes protestos relativos ao Tibete introduziram significativas complicações adicionais para as considerações normais de segurança para um grande evento internacional como esta Olimpíada", acrescentou, referindo-se aos protestos promovidos por simpatizantes da causa tibetana durante a passagem da tocha olímpica por várias cidades do mundo, em reação à repressão do regime chinês a distúrbios ocorridos em Lhasa no mês passado.   "À luz dos fatos recentes, todos os países cujos atletas vão participar e cujos cidadãos vão comparecer à Olimpíada de Pequim devem estar preparados para a possibilidade de que grupos e indivíduos responsáveis pela violência durante o revezamento global da tocha realizem seus protestos nos próprios Jogos", disse ele.   "Essas atividades podem variar de um comportamento baderneiro, como bloquear importantes rotas de transporte ou a infra-estrutura, ou interferir nas competições, até atos mais violentos, como atacar autoridades e atletas olímpicos ou destruir propriedades", afirmou Noble.   "Pior ainda, devemos estar preparados para a possibilidade de que a Al-Qaeda ou algum outro grupo terrorista tente lançar um ataque letal contra esta Olimpíada."

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