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Jogadores se dizem satisfeitos com 'teste' contra Cingapura

Atletas da seleção brasileira afirmam que a partida amistosa foi positiva; equipe ainda busca entrosamento

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Por Redação
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O jogo de nada valia, mas era uma oportunidade para melhorar o entrosamento da equipe. No final, apesar do placar menor do que poderia se esperar, os jogadores e o técnico Dunga avaliaram como positivo o amistoso. Afinal, era apenas a primeira partida - e penúltima - da fase de preparação da seleção olímpica de futebol antes dos Jogos de Pequim. Veja também:  Brasil, sem brilho e sem esforço, bate Cingapura: 3 a 0 "O trabalho foi muito bom", analisou o meia Diego. "Foi um jogo bonito e já deu para mostrar alguma coisa", disse o jogador, que fugiu do seu clube, o Werder Bremen, da Alemanha, para se apresentar para as Olimpíadas. Dunga fez várias substituições no segundo tempo, o que, em tese, não colabora para melhorar o entendimento da equipe em campo. Mas o técnico tinha uma justificativa. "Não podemos forçar muito para não correr o risco de perdermos algum jogador", afirmou. As entradas também serviram para o treinador fazer algumas experiências. Ilsinho, por exemplo, é lateral-direito, mas foi testado na esquerda. "Temos poucos substitutos para algumas posições, então é importante fazermos testes e alguns ajustes." Thiago Neves, do Fluminense, entrou na metade do segundo tempo e mostrou que pode lutar por uma vaga no time titular. "Fico feliz com o rendimento", contou. "Ainda estamos nos conhecendo e temos muito a melhorar ainda até as Olimpíadas", ressaltou o meia, que fez a jogada do terceiro gol brasileiro e deu boa mobilidade ao time. RONALDINHO Para um jogador da seleção o jogo foi especial: Ronaldinho gaúcho, que estaca sem jogar uma partida com a amarelinha desde o dia 21 de novembro de 2007, na vitória sobre o Uruguai por 2 a 1, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. No Barcelona, da Espanha, não atuava há cinco meses por causa de lesões e de um afastamento devido à indisciplina que o levou a ser negociado com o Milan, da Itália. Nesta segunda, o craque, não decepcionou. O camisa 10 jogou os 90 minutos do amistoso contra Cingapura e, apesar de ainda não estar no auge da forma física, mostrou um pouco do futebol que o levou a ganhar o título de melhor jogador do mundo pela Fifa em dois anos seguidos (2005 e 2006). "Fiz um bom trabalho com o professor Paulo Paixão e estou me sentindo cada dia melhor", disse. "Agora é ganhar ritmo de jogo, continuar trabalhando e tentar trazer essa medalha de ouro para o Brasil em Pequim." Ronaldinho foi escalado como companheiro de Alexandre Pato no ataque, mas a verdade é que podia ser visto buscando jogo até na intermediária do Brasil. No início da partida, tentou algumas jogadas de efeito, errou, mas logo começou a acertar. Fez a jogada e deu o passe para o primeiro gol de Diego e também participou da triangulação do segundo gol, quando dominou a bola com estilo na pequena área antes de concluir. "Foi ótimo", comemorou, feliz. Reconheceu, porém, que era um amistoso fácil e que, nos Jogos de Pequim, a cobrança por boas atuações será maior. "A gente sabe que não valia nada, então temos que esperar as Olimpíadas quando realmente vamos mostrar o que temos de melhor." Mais experiente jogador da seleção olímpica, com 28 anos, o meia-atacante tem a responsabilidade de comandar o time e passar tranqüilidade aos companheiros mais jovens. "A mim cabe dar o meu melhor e estar ajudando sempre a equipe", falou. "Estou me esforçando sempre pra isso, muito feliz pela chance que me deram e vou me esforçar muito para não se arrependerem."

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