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Jogos Olímpicos são 'orgulho nacional', diz dissidente chinês

Membro de sindicato independente do país, exilado há 20 anos, afirma que é preciso 'melhorar a China'

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Por Redação
Atualização:

Para o povo chinês, os Jogos Olímpicos de Pequim serão "um orgulho nacional", disse Han Dongfang, fundador do primeiro sindicato independente da China, não reconhecido por Pequim, que há mais de 20 anos, desde o exílio, representa a voz da oposição.   "Qualquer um pode dizer que o Partido Comunista manipula as pessoas, mas esta é a realidade. Por isso o povo chinês considera errado, e não amigável, a oposição do resto do mundo às Olimpíadas", acrescenta.   Segundo Cai Chounguo, membro da Federação Autônoma dos Trabalhadores de Pequim, exilado em Paris, o presidente francês Nicolas Sarkozy "demonstrou ser amigo do governo chinês e por isso não foram entendidas tantas manifestações contra a tocha olímpica". Assim como não foi entendido por que "o prefeito de Paris deu cidadania honorária ao Dalai Lama. Na China, pensavam que o prefeito fosse nomeado por Sarkozy, e isso fez refletir sobre o confronto social e sobre o pluralismo francês", concluiu.   Entre os motivos que levam Cai Choungguo e Han Dongfang a não terem um comportamento hostil em relação aos próximos Jogos Olímpicos, é a consciência de que é preciso melhorar o país.   "Nós devemos apontar para melhorar a China e construir uma sociedade civil", explica Han Dongfang. Para fazer isso, a "contratação" sindical pode ser um sistema para fazer "valer novos direitos para os trabalhadores, assegurando a eles uma participação e uma representação", acrescenta.   Em janeiro o Governo chinês aceitou, pela primeira vez, discutir os contratos com os trabalhadores, "no entanto ainda estamos longe de poder falar de contratação", prossegue Dongfang.  

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