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LBCD corre risco de ser descredenciado novamente

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Por Marcio Dolzan
Atualização:

Menos de um ano após ser recredenciado pela Agência Mundial Antidopagem (Wada, na sigla em inglês), o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) corre o risco de perder novamente a chancela da Wada. O motivo agora é a diferença nos prazos para julgamentos estabelecidos pela legislação brasileira, diferente dos exigidos pela agência. Caso essa adequação não aconteça até o dia 18 de março, o LBCD será descredenciado.

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A afirmação é do médico Eduardo de Rose, membro do Comitê Executivo da Wada e um dos maiores especialistas em doping no mundo. "A Wada aprovou, em sua última reunião de Comitê Executivo, uma lista de países que não tinham a legislação alinhada com a legislação antidoping da Wada. Nessa lista, há vários países importantes, como França, Espanha, Bélgica, Argentina, Israel... A data limite é esta, não é que vá haver outra reunião, já se definiu um 'deadline' que é o dia 18 de março para essa legislação ser compatibilizada. Se isso não acontecer, automaticamente, essas agências nacionais desses países serão descredenciadas. Isso já está decidido, não é algo que se possa prorrogar", declarou o médico, em entrevista ao Globoesporte.com

Pela legislação brasileira, os casos de doping envolvendo atletas podem ser julgados em todas as instâncias em até 60 dias - quase três vezes o prazo de 21 dias exigidos pela Wada. Na semana passada, a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) reuniu representantes de tribunais desportivos brasileiros com o intuito de criar uma corte única para julgar os casos de doping, o que aceleraria os trâmites, mas a proposta foi rechaçada.

Agora, o Brasil terá que correr contra o tempo para não ter seu laboratório descredenciado - o que poderia trazer problemas até mesmo para os Jogos Olímpicos. A proposta que ganha força é de alteração do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A ideia é que os casos sejam julgados em única instância no País, pelo pleno dos tribunais desportivos. Caberia diretamente à Corte Arbitral do Esporte (CAS) julgar os recursos.A ideia, proposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), será analisada pelo ministério do Esporte e pelo Conselho Nacional do Esporte.

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