03 de agosto de 2016 | 11h02
As marcas olímpica e paralímpica, símbolo máximo dos Jogos Olímpicos Rio-2016, foram criadas com o objetivo de traduzir para o mundo o que o Rio de Janeiro tem de mais especial, na opinião dos criadores, usar um arquétipo humano e simbolizar o abraço foi a melhor maneira de representar a energia contagiante, o jeito de receber e o acolhimento da cidade carioca.
"A marca dos Jogos transcende valores, representando a união universal dos povos. É uma presença enorme. Ela tem um simbolismo muito grande e está em tudo, nas moedas, nas sacolas, nos selos, nos carros, outdoors, e continua fresca e contemporânea. Isso é algo que se vive uma vez na vida", conta o designer Fred Gelli, um dos responsáveis pela identidade visual da Olimpíada. Em entrevista ao Estado, Gelli ainda acrescenta que o ex-presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, chegou a dizer que a marca era impressionante, porque ele viajava o mundo inteiro e, em nenhum outro lugar, é recebido com um abraço.
Nas cores verde, amarelo e azul, o logo que mostra três pessoas de mãos dadas, também representa o Pão de Açúcar, principal cartão postal do Rio de Janeiro. O designer afima que, "criamos a marca mais bem aceita da história dos Jogos Olímpicos Modernos, nenhuma teve tanta receptividade, assim como a tocha e os mascotes. Isso é um legado para a história dos Jogos".
A marca palímpica recebeu um processo diferenciado no Brasil, deficientes visuais acompanharam de perto toda a criação, foram usados sensores de presença e vibração para que pessoas com variações de sentidos pudessem entender e compartilhar o símbolo do Rio-2016. "Acredito que os Jogos serão um sucesso. Eu sinto a energia mudando na cidade e o mundo inteiro vai perceber. Os problemas e atrasos, acontecem. Temos que valorizar a nossa casa, o mundo tem que valorizar isso. Será a melhor Olimpíada dos últimos anos e espero que essa identidade ajude a representar, na história, um símbolo de uma virada não só no Rio, mas no Brasil ", diz Fred Gelli.
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