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Medalha de ouro nos Jogos de Tóquio valerá R$ 250 mil a atletas brasileiros

COB anuncia bônus recorde aos atletas que subirem no pódio no Japão, sete vezes maior do que o valor pago no Rio

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Foto do author Raphael Ramos
Por Raphael Ramos
Atualização:

O COB (Comitê Olímpico do Brasil) comunicou, nesta quarta-feira, aos atletas que disputarão os Jogos de Tóquio que um lugar no pódio pode render uma premiação extra de até R$ 250 mil, dependendo da cor da medalha. O valor recorde é sete vezes superior ao que foi pago na última edição dos Jogos, no Rio, em 2016, quando o bônus era de até R$ 35 mil para todos os medalhistas, fosse ouro, prata ou bronze.

Atletas campeões olímpicos em modalidades individuais serão premiados em R$ 250 mil. A recompensa pela medalha de prata será de R$ 150 mil e pelo bronze, R$ 100 mil. Equipes com até seis atletas terão os seguintes valores para dividir: R$ 500 mil (ouro), R$ 300 mil (prata) e R$ 200 mil (bronze). Já os atletas das modalidades coletivas receberão R$ 750 mil (ouro), R$ 450 mil (prata) e R$ 300 mil (bronze), também para serem repartidos. Atletas com medalhas em mais de uma prova acumulam os valores, recebendo por conquista.

Arthur Zanetti vai em busca de sua terceira medalha olímpica Foto: Lionel Bonaventure/AFP

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“Essa premiação é uma homenagem e um reconhecimento ao trabalho dos atletas, os principais protagonistas do movimento olímpico. A premiação é fundamentada em um dos nossos pilares: a meritocracia”, disse o presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira.

A meta do comitê é superar em Tóquio a quantidade de medalhas conquistadas na Rio-2016, quando o País ficou na 13.ª colocação geral, com 19 pódios, sendo sete de ouro, seis de prata e seis de bronze. A entidade, no entanto, evita falar abertamente em um número exato de medalhas, como em edições anteriores dos Jogos. O Time Brasil terá no Japão cerca de 300 atletas – atualmente 272 vagas já estão confirmadas, mas várias modalidades ainda buscam índice olímpico.

Ao contrário dos Jogos do Rio, quando a premiação foi paga diretamente por empresas patrocinadoras da Olimpíada e do COB, agora a verba vem de recursos privados do comitê, o que não inclui os repasses de 1,7% do valor apostado em todas as loterias federais do País.

Mesmo com o aumento da premiação aos medalhistas em relação a 2016, a realidade do Brasil ainda está distante dos principais países da Europa. O Comitê Olímpico Italiano, por exemplo, anunciou semana passada que, em Tóquio, a medalha de bronze valerá um prêmio de € 60 mil (R$ 360 mil), a de prata será de € 90 mil (R$ 540 mil) e a de ouro renderá € 180 mil (cerca de R$ 1 milhão).

“A premiação aos atletas só foi possível graças à contenção de gastos e ao saneamento financeiro implementados pelo COB. Além disso, mesmo diante de um cenário inédito e desafiador por causa da pandemia, fechamos novos contratos de patrocínio, que foram fundamentais para colocarmos em prática esta ação”, explicou o diretor geral do COB, Rogério Sampaio.

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A premiação deverá ser entregue aos atletas até o fim do ano, no Prêmio Brasil Olímpico. O incentivo é válido também para os Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022. 

O COB está investindo R$ 60 milhões somente na logística da viagem e o período de aclimatação da equipe brasileira em Tóquio. Neste ano, foram destinados outros R$ 150 milhões às confederações para projetos de treinamento e competições de preparação, além de R$ 12 milhões para o desenvolvimento das categorias de base e também R$ 30 milhões somente naquelas modalidades com mais chances de pódio.

Funcionários do setor de logística e infraestrutura do COB já estão no Japão. Os primeiros atletas a desembarcar no país serão os da canoagem slalom, no dia 6 de julho – a cerimônia de abertura dos Jogos ocorre no dia 23. O Time Brasil usará antes e durante a Olimpíada bases de apoio espalhadas em nove cidades.

“Estamos na fase final do nosso planejamento operacional, nos últimos ajustes em relação aos protocolos de segurança para o envio dos atletas ao Japão. A perspectiva é de que o Brasil tenha uma boa representação nessa edição de Jogos Olímpicos, mesmo com todas dificuldades enfrentadas. Ao longo dos últimos anos o desempenho dos atletas brasileiros em competições internacionais foi de relevância. A confiança é grande nessa boa representação”, disse o diretor de Esportes do COB, Jorge Bichara.

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