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Minas rejeita tirar técnico acusado de abuso da Olimpíada

Scott Volkers teria abusado sexualmente de três nadadoras

Por Leonardo Augusto
Atualização:

O Minas Tênis Clube classificou como "assunto requentado" o pedido das autoridades olímpicas australianas para que o técnico de natação do clube, Scott Volkers, não seja convocado para trabalhar pelo Brasil nas Olimpíadas de 2016. A solicitação foi feita ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), pelas denúncias de que o treinador, nascido na Austrália, teria abusado sexualmente de três nadadoras na década de 1980 no país. Volkers está no Minas desde janeiro de 2012.

A assessoria do Minas Tênis disse ainda que o comportamento do técnico no clube sempre foi exemplar, e que não há motivos para falar sobre possível atuação do técnico pelo Brasil na Olimpíada, já que ainda não houve convocação para os Jogos. Pelos critérios definidos pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), entretanto, ele será um dos treinadores.

Scott Volkers trabalha com inúmeros atletas já garantidos na Olimpíada Foto: Divulgação

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Quando chegou ao Minas, Volkers afirmou que seu objetivo no país era ajudar o Minas e o Brasil nos jogos de 2016. O treinador foi o líder da equipe de natação da Austrália em 1992 (Barcelona), 1996 (Atlanta) e 2000 (Sydney).

O treinador chegou a ser levado aos tribunais na Austrália na década passada, mas não houve condenação, por falta de provas. O técnico, no entanto, foi proibido de trabalhar com crianças e adolescentes no país.

No pedido feito pelo comitê olímpico australiano e revelado pela BBC Brasil, as autoridades sugerem ainda que o treinador seja banido do trabalho que desempenha atualmente. Segundo a assessoria do Minas Tênis, Volkers não conversaria com a reportagem do Estadão.com por não ter o que falar sobre o assunto.