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Ministro da Justiça faz avaliação positiva da segurança na Olimpíada

Para Alexandre de Moraes, ataque na Maré a agentes da Força Nacional "não mancha os Jogos"

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Por Roberta Pennafort
Atualização:

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, avaliou como "absolutamente positiva" a segurança da primeira semana da Olimpíada do Rio de Janeiro. Ele disse que o ataque de traficantes a uma equipe da Força Nacional de Segurança no Complexo da Maré, na zona norte, na tarde de quarta-feira, não altera o esquema previamente montado.

"(O ataque na Maré) Não muda absolutamente nada. Não mancha os Jogos. Continua o mesmo esquema, até porque a Força Nacional não faz a segurança nas ruas. Continua fazendo a segurança de entrada e saída das dependências olímpicas, a segurança interna, e o Exército e a PM fazendo a externa, da mesma forma. Foi um incidente lamentável e covarde", disse Moraes.

O ministro da Justiça Alexandre de Moraes minimizou situação tensa na Maré Foto: Marcos Arcoverde/Estadão

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Apesar dos episódios de violência da primeira semana de Jogos Olímpicos, ele concluiu que o resultado dessa primeira semana foi satisfatório. No sábado, uma bala perdida acertou a sala de imprensa do Centro de Hipismo, em Deodoro. Na terça-feira, um ônibus que transportava jornalistas entre arenas da Olimpíada teve janelas quebradas por pedras. Houve também assaltos a torcedores. O único caso grave foi o da Maré. O soldado Hélio Andrade, de 35 anos, baleado na testa, está internado em estado grave.

O último caso de repercussão foi nesta tarde: turistas alemães e espanhóis foram assaltados em momentos diferentes na Estrada das Paineiras, em Santa Teresa, área turística da zona sul da cidade. O Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur) informou que vai aprimorar o policiamento na região, e que busca pelos suspeitos.

Duzentos agentes de segurança, entre integrantes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (unidade de operações especiais e Contra-Terrorismo), do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio e da força de elite da Força Nacional de Segurança ocuparam o Complexo da Maré de madrugada.

Eles buscam os dois autores dos tiros já identificados e os três homens apontados como chefes do tráfico: Thiago da Silva Folly, o TH, Alexandre Ramos do Nascimento, o Pescador, e Paulo Sergio Medeiros da Cunha, o Paulinho PL. O Disque-Denúncia oferece uma recompensa de R$ 2 mil por informações que levem à prisão deles. Foram utilizados blindados e helicópteros.

Os acessos à Vila do João, onde foi o crime, e também à Vila dos Pinheiros, foram bloqueados. A ação teve apoio de militares do Exército, que se posicionaram na Favela do Timbau. Mas o Comando Militar do Leste ratificou: os militares não vão atuar em comunidades. Num patrulhamento feito pelos militares na Linha Amarela, três suspeitos foram presos.

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"Foi uma operação para mostrar que nós não vamos admitir insegurança. Logicamente estamos longe da criminalidade zero. Mas em havendo, a reação será rápida", afirmou o ministro da Justiça, ressaltando que o ataque na Maré não se relaciona com a Olimpíada, e sim com o embate contra o tráfico de drogas no Rio.

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