PUBLICIDADE

Publicidade

Na final do futebol, calor de 42 graus impede bom espetáculo

Por BRIAN HOMEWOOD
Atualização:

Argentina e Nigéria, dois dos times mais interessantes do torneio de futebol da Olimpíada de Pequim, deram seu máximo na luta pela medalha de ouro, neste sábado, sob um calor que chegou a 42 graus centígrados no Estádio Ninho de Pássaro. Os dois técnicos disseram que seus times sentiram o calor escaldante no jogo que começou ao meio-dia do mais que conhecido verão abafado de Pequim. O jogo, vencido pela Argentina por 1 x 0, teve pausas aos 30 minutos da etapa inicial e aos 25 do segundo tempo, para que os jogadores pudessem se hidratar. A decisão foi da Fifa, e teria sido tomada em acordo com os médicos das equipes. Um dirigente da Fifa disse que a temperatura alcançou 32 graus na sombra, e 42 ou mais no campo. A partida, entre dois times que ganharam suas semifinais por margem de três gols, desapontou ao extremo, com seus jogadores praticamente andando em campo. A única surpresa foi a Nigéria jogar 30 minutos pressionando no ataque depois do gol de Angel Di María. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o vice-presidente Julio Grondona, os dois de terno, também pareciam incomodados na entrega de medalhas e flores aos medalhistas olímpicos. "Atrapalhou os dois países", disse o técnico da Nigéria, Samson Siasia, a repórteres. "A maior parte dos jogadores não mostrou seu melhor futebol por causa do calor." "Nós não fazemos as regras. Foram eles que disseram que tínhamos de jogar ao meio-dia, o que não achamos uma idéia muito boa." O treinador argentino Sergio Batista disse que seu time precisou ajustar seu estilo para suportar o clima. "Não quero comentar sobre a organização", disse ele. "Claro, não é o mesmo espetáculo, o espetáculo que poderia ter sido. Hoje estava muito quente e os jogadores sentiram." "Tivemos de nos adaptar à temperatura e jogar de maneira inteligente."

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.