Niterói vira QG para os estrangeiros

Estrangeiros se adaptaram bem à cidade de 500 mil habitantes

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Por Clarissa Thomé
Atualização:

A tradicional festa junina do Clube Naval de Charitas, em Niterói, no fim de semana passada, teve um atrativo a mais: os velejadores estrangeiros que passaram a frequentar o local para se preparar para a Olimpíada. Alemães e americanos assistiram à apresentação da quadrilha e foram muito assediados. 

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Vocacionada para a vela, a cidade tem meia dúzia de clubes dedicados ao esporte. Ali vivem o coordenador técnico da equipe brasileira, Torben Grael, e seus filhos, os atletas Martine e Marco. E foi ali que os irmãos medalhistas olímpicos Torben e Lars criaram seu programa social, de formação profissional náutica e de preparação para o esporte. Niterói acabou atraindo as equipes olímpicas. Alemanha, EUA, Polônia e Suíça treinam no Clube Naval; a Itália escolheu o Projeto Grael; Dinamarca, Irlanda e Nova Zelândia se preparam no Rio Yacht Club. 

Os estrangeiros se adaptaram bem à cidade de 500 mil habitantes. Pela manhã, um grupo de alemães pode ser visto subindo a pista até o Parque da Cidade, onde assistem aos voos de parapente e asa-delta. No mercado, suíços fazem compras para abastecer a despensa de uma casa que alugaram, próximo ao clube. Na academia, italianos fazem musculação. Mas interagem pouco.

Os poucos que conseguem fazer algum passeio turístico saem da cidade. O polonês Marek Chocian, de família católica, obedeceu a recomendação da mãe de “beijar os pés do Cristo”.</IP> Os estrangeiros também convivem com as agruras do Rio. Em maio, a equipe dinamarquesa teve de interromper o treino e se proteger de tiros, enquanto traficantes enfrentavam rivais no Morro do Cavalão.

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