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No nado sincronizado, japonesa sai de maca e russas levam ouro

Por DEREK PARR
Atualização:

A japonesa Hiromi Kobayashi, do nado sincronizado, teve problemas respiratórios na piscina, no sábado, durante a final por equipes do nado sincronizado -- que teve a Rússia consagrada como tricampeã olímpica. A atleta japonesa foi retirada da piscina e saiu carregada em uma maca. Dois salva-vidas chineses mergulharam na piscina no fim da rotina livre da equipe japonesa e ajudaram membros da delegação a puxar Kobayashi para a beirada. Ela passou por problemas respiratórios assim que terminou a rotina. Foi tirada da água e colocada em uma maca. Um dirigente japonês disse, logo em seguida, que a atleta estava recuperada. "A capitã me falou que o que aconteceu, foi hiperventilação", disse o dirigente, segundo a assessoria de imprensa do Comitê Olímpico Japonês. "Ela está OK. Já está consciente. Não foi nada sério. Agora está na cama, descansando. Ela está bem." A capitã Masako Kaneko disse, mais tarde, que Kobayashi não tinha desmaiado e que já estava bem, andando. O Japão foi quinto, atrás da campeã Rússia e -- pela ordem -- Espanha, China e Canadá. Foi a primeira vez que as japonesas não ganharam uma medalha na competição por equipes, que entrou no programa olímpico nos Jogos de Atlanta-1996. OURO RUSSO, BRONZE CHINES As russas arrasaram no nado sincronizado, encerrado com uma rotina na competição por equipes executada de forma quase totalmente "limpa". Mas a gritaria da torcida foi mesmo para a China, que conquistava sua primeira medalha nesse esporte. As chinesas tiveram de "bloquear" os gritos das arquibancadas lotadas, porque quase nem era possível ouvir a música da apresentação com oito nadadoras: "O Rio Amarelo" -- escolhida porque o rio foi o berço da civilização chinesa. "Os gritos nos deixaram um pouco nervosas. Estávamos preocupadas em não conseguir ouvir a primeira nota da música, porque é muito baixinha", disse a atleta Zhang Xiaohuan, depois da cerimônia de medalhas. A Rússia recebeu duas notas 10, para a rotina técnica e a artística de sua apresentação. As russas vem dominando o nado sincronizado desde a Copa do Mundo de 1997, quando encerraram a hegemonia de Estados Unidos e Canadá. Mas também viram o surgimento das chinesas e disseram que terão de trabalhar muito duro para permanecer no topo. (Com reportagem adicional de Yuka Obayashi e Emma Graham-Harrison)

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