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Nova seleção de basquete dos EUA vai focar no coletivo

Por ANDREW STERN
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A seleção olímpica de basquete dos Estados Unidos vai para os Jogos de Pequim com rostos conhecidos, mas uma nova atitude em quadra, na esperança de encerrar uma série de fracassos internacionais, disse o técnico da equipe nesta terça-feira. "Acho que em alguns aspectos nos últimos anos nós fomos um pouco arrogantes", disse o técnico da seleção, Mike Krzyzewski, que também é treinador da poderosa universidade de Duke. "Esse não é o nosso esporte, é o esporte do mundo todo, e estamos jogando um jogo diferente quando enfrentamos outras seleções." Apesar de ser formada por astros da NBA, a seleção norte-americana rendeu abaixo do esperado no exterior nos últimos anos. A equipe terminou na frustrante terceira posição na Olimpíada de Atenas, em 2004, e sofreu derrotas inesperadas em outras competições internacionais recentemente. As jogadas individuais e o excesso de arremessos forçados sucumbiram diante de jogos de passes rápidos e bons chutes de fora de equipes como Argentina --medalha de ouro em Atenas-- Grécia, Lituânia e Porto Rico. O novo cenário das competições internacionais contrasta com o domínio dos EUA com seus "times dos sonhos" em Olimpíadas passadas. Os responsáveis pelo basquete dos EUA adotaram uma nova postura em 2005, dando ao gerente-geral do Phoenix Suns, Jerry Colangelo, um inédito controle sobre quem treinaria e jogaria pela seleção. Colangelo, falando durante encontro da equipe olímpica dos EUA com jornalistas em Chicago, disse que a diferença entre os Estados Unidos e o resto do mundo diminuiu bastante com os cerca de 75 jogadores estrangeiros de 30 países diferentes que atuam na NBA. "Sempre fui convicto de que o basquete é um esporte de equipe. Quanto mais você joga com o outro, melhor você fica. Um bom time pode vencer um time de estrelas, isso foi mostrado na Olimpíada de 2004." "Em muitos desses países, eles têm uma estrutura para a seleção nacional, e muitos deles estão juntos há bastante tempo, eles cresceram jogando juntos." O treinador do Suns, Mike D'Antoni, que também é auxiliar técnico de Krzyzewski, levou para os jogadores da seleção um estilo de jogo mais acelerado. Colangelo entrevistou jogadores e convocou 33 atletas para formar a base da equipe, muitos deles membros de equipes antigas, que receberam um pedido de compromisso por três anos. "Nos últimos dois anos nós vimos nosso programa desenvolver. Seja quem for, Lebron James, Kobe Bryant, Jason Kidd, eles se sentem como parte da equipe", disse Krzyzewski.

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