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Para alguns, Olimpíadas são oportunidade perdida

Por JASON SUBLER
Atualização:

Zhou Zhilian é uma das milhares de comerciantes para quem os Jogos Olímpicos, no mês que vem, representam mais uma oportunidade perdida do que uma possibilidade de ganhar dinheiro com os visitantes que são esperados para chegam em Pequim. O mercado onde Zhou tem seu comércio de roupa íntima será fechado durante um mês devido às preocupações das autoridades com o fato de os turistas poderem encontrar produtos piratas em vez de originais. Isso obrigará a comerciante a voltar para sua província natal de Zhejiang até o final de agosto, e ficará sem remuneração durante esse período. Além disso, enfrentará a incerteza se seu negócio, o qual levou adiante com muito esforço, sobreviverá após ter a permissão para abri-lo novamente. "Quem sabe o que acontecerá?", perguntou Zhou entre seus clientes, tentando fechar todas as vendas possíveis antes de ter de fechar. "Há outras lojas que as pessoas frequentarão durante esse período e será difícil atraí-las novamente", acrescentou. A experiência de Zhou se repete de várias maneiras e em maior grau entre os pequenos comerciantes do entorno de Pequim, que sofrem com o impacto da implacável campanha levada a cabo pelo governo chinês para garantir que os Jogos aconteçam sem nenhum contratempo. Em contraste com as empresas que receberam parte dos 35 e 40 milhões de dólares gastos em melhorias de infra-estrutura ou dos milhões que devem ser trazidos pelos visitantes, muitos pequenos empresários se encontram presos numa onda de medidas invasivas. O uso de automóveis particulares será restringido no final deste mês, e haverá postos de controle em pontos específicos para os veículos que entrarem na cidade. O governo também está obrigando serrarias e outras fábricas que emitem poluentes nas províncias vizinhas a encerrar ou suspender sua produção durante os Jogos como parte de sua tentativa de diminuir a poluição no céu de Pequim, além de parar determinadas obras de infra-estrutura.

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