Publicidade

Paraguai leva sete atletas a Pequim para ganhar experiência

PUBLICIDADE

Por MARIEL CRISTALDO
Atualização:

O Paraguai irá à Olimpíada de Pequim com uma delegação reduzida de atletas. Mais que pensar em medalha, o objetivo é melhorar marcas e se preparar para próximas competições, segundo disse nesta sexta-feira um representante do Comitê Olímpico Paraguaio (COP). O país, normalmente nos últimos lugares em grandes torneios internacionais, estará representado por sete atletas. Com poucas chances de chegar a um pódio, a meta principal é melhorar rendimento pessoal. "Na verdade, nossa situação é muito difícil. Nosso nível técnico é muito baixo. E a Olimpíada é um evento de grande envergadura", disse à Reuters o professor cubano Sergio Baró, chefe do departamento técnico do COP. Os atletas paraguaios competirão em cinco esportes: atletismo, natação, tiro, vela e tênis de mesa. O lançador de dardo Víctor Fatecha e o nadador Genaro Prono são os únicos integrantes da delegação que chegam a Pequim por terem obtido índice técnico; os demais representantes paraguaios receberam convite especial. Fatecha alcançou 78,5 metros no lançamento do dardo em um torneio no Brasil, em 2007, que valia para classificação olímpica. Prono conseguiu, com margem bem estreita, o tempo mínimo estabelecido para os 100 metros peito em uma competição nos Estados Unidos, este ano. O Paraguai teve sua melhor atuação em Olimpíadas há quatro anos, quando conseguiu uma medalha de prata com sua seleção masculina de futebol -- o único esporte em que se destaca, na América do Sul -- quando perdeu na final para a Argentina. Baró disse que desta vez o Paraguai estará representado por atletas jovens, que a despeito de grande talento ainda não têm a experiência necessária para se destacar em uma competição de tão alto nível. "Estamos fazendo um trabalho a longo prazo. Fatecha, por exemplo, está sendo preparado para 2012. Ele tem 20 anos e é campeão sul-americano, mas ainda tem de desenvolver toda sua capacidade técnica", explicou. A meta do atleta, que tem como melhor marca pessoal 79 metros, é chegar à final do lançamento do dardo, com os 12 melhores. Para isso, terá de superar seu próprio recorde em mais de dois metros, durante as provas em Pequim. Os esportistas mais jovens, como a nadadora María Báez, de 18 anos, a velejadora Flor Cerutti, de 25, e Marcelo Aguirre, campeão mundial juvenil de tênis de mesa, com apenas 15, vão em busca de experiência para pensar em medalha nos Jogos de Londres-2012. "Eles têm muito talento, mas não a preparação adequada. O trabalho do esportivo é a plenos pulmões. Existe muita vontade, mas ainda faltam recursos", concluiu Baró.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.