
19 de abril de 2016 | 14h53
A aprovação de uma lei mais rígida, que prevê até prisão para determinadas situações, contra casos de doping era uma exigência da Wada, que ameaçava vetar o país africano da Olimpíada caso a legislação não fosse alterada. Outra demanda da Wada era a criação e o devido financiamento de uma agência nacional antidoping para coibir os casos locais.
Desde os Jogos Olímpicos de Londres de 2012, 40 corredores do Quênia foram suspensos por doping, enquanto que quatro dirigentes do atletismo, incluindo o presidente da federação nacional, foi suspensão pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) por suspeita de corrupção.
A criação da nova lei era o passo mais complicado para os quenianos se ajustarem às exigências da Wada. A tramitação da legislação de doping passou por diversos obstáculos e estourou duas vezes os prazos estabelecidos pela Agência Mundial, em fevereiro e no início deste mês. O novo prazo era o dia 2 de maio.
Em razão da pressão da Wada, até o presidente queniano interferiu na tramitação no Parlamento. Uhuru Kenyatta afirmou que iria cuidar pessoalmente do avanço da nova lei no congresso. Na semana passada, ele prometera que a lei estaria aprovada até a próxima sexta. Agora, só precisa assinar para praticamente acabar com qualquer risco de deixar os atletas do seu país fora do Rio-2016.
Um veto aos atletas quenianos tiraria grandes estrelas do atletismo dos Jogos do Rio, como David Rudisha, atual campeão olímpico da prova dos 800 metros, além de importantes maratonistas da atualidade.
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