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Pequim promete ar puro após desistência de Gebrselassie

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Por Redação
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A China informou na terça-feira que pode garantir ar limpo para os Jogos Olímpicos, um dia depois que o maratonista detentor do recorde mundial Haile Gebrselassie ter dito que não competiria em agosto por temer a poluição de Pequim. Zhang Lijun, vice-chefe da Administração de Proteção Ambiental do Estado (Sepa, na sigla em inglês), disse que tinha plena confiança nos planos antipoluição feitos para a capital e cinco províncias vizinhas. "Nossos especialistas previram que o padrão de qualidade do ar pode ser garantido e que o compromisso que fizemos será cumprido depois que este plano for realizado", disse Lijun em coletiva de imprensa durante a sessão anual do Congresso Popular da China. O etíope Gebrselassie, que, mesmo asmático, tem o recorde mundial dos 42 km, desistiu da maratona dos Jogos Olímpicos de Pequim na segunda-feira, por temer que a poluição afete sua saúde. Ele foi o último de uma longa série de atletas e oficiais que demonstraram preocupação em relação às condições do ar na cidade. O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, disse no ano passado que provas como maratona e ciclismo poderiam ser remarcadas se a condição do ar estivesse muito ruim. Zhang disse que o plano de reduzir poluentes industriais em Pequim, Tianjin, Hebei, Shanxi, Shansong e no interior da Mongólia está sendo posto em prática em duas fases. "Por enquanto, a missão de reduzir a poluição e ajustar a estrutura industrial já foi feita amplamente, e vai ser completada no final de junho", acrescentou. Um colega de Zhang, Wang Jian, disse à Reuters, no mês passado que a segunda fase começaria com a inauguração da vila olímpica em 27 de julho e continuaria até o fim das Paraolimpíadas, em 20 de setembro. Gebrselassie, 35, decidiu abandonar a maratona por recomendação médica, mas vai tentar se qualificar para os 10.000 metros, prova que ele venceu em duas Olimpíadas. Os organizadores dos Jogos de Pequim disseram também na terça que estavam confiantes na eficácia das medidas de contingência, graças aos 120 bilhões de iuanes (16,89 bilhões de dólares) investidos em melhorias ambientais na última década. (Reportagem de Liu Zhen e Nick Mulvenney)

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